[01/01/2007] O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), participou hoje à tarde, em Brasília, das cerimônias de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu segundo mandato. Para Beto, a vitória de Lula é o reconhecimento da maioria dos brasileiros de que o primeiro governo, apesar de alguns erros e dificuldades, acertou no essencial. "O país mudou para melhor. Passou a crescer com distribuição de renda- fato inédito na história -, os índices econômicos bateram recordes, a desigualdade diminuiu e foram construídas as bases para um longo caminho de desenvolvimento. Isso é inegável, por isso, Lula se reelegeu", afirmou o deputado, após solenidade no plenário da Câmara.
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Marisa Letícia seguem em cortejo na Esplanada dos Ministérios, durante a cerimônia de posse presidencial. Foto: Fábio Pozzebom/ABr
Vida real – Beto considera que na eleição de 2006 o povo fez uma escolha consciente, com base na melhoria das condições de sua própria vida. "O povo brasileiro não votou só porque era Lula, mas porque ele cumpriu muitos dos compromissos assumidos em 2002. Isso é real, mas parte da elite não compreendeu", disse o vice-líder. Ele cita um dado da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), segundo o qual, em 2006, o país registrou um recorde nos níveis de distribuição de renda nos últimos 23 anos.
Cenário inédito – Para Beto Albuquerque, o primeiro governo Lula construiu um cenário inédito na história brasileira, por obter tantos indicadores econômicos positivos e consistentes. A inflação foi a menor desde 1998, a balança comercial e as reservas internacionais atingiram recordes, e o risco-país foi o menor desde o governo anterior. "Agora, sabemos que é preciso avançar mais, principalmente, na distribuição de renda, na ampliação do acesso ao mercado de trabalho, na democratização da educação, na infra-estrutura de transportes, no estímulo ao empreendedorismo e muitas outras áreas essenciais para fazer o país avançar e melhorar a vida do nosso povo", afirmou.
Discurso de Lula – O deputado elogiou o discurso de Lula. Segundo ele, o presidente recordou os avanços mais importantes de seu primeiro mandato e apontou os novos desafios para os próximos quatro anos. "Ele resumiu esse espírito em três palavras, acelerar, crescer e incluir. Disse que o compromisso segue o de governar para todos, mas sempre defendendo os interesses dos mais pobres, e reafirmou que a política social do nosso governo nunca foi compensatória, mas criadora de direitos, e que ela será cada vez mais estrutural", ressaltou.
Dignidade – Beto destaca no discurso a determinação de Lula de buscar a criação de novas alternativas de trabalho para os beneficiários dos programas de transferência de renda, que nos últimos quatro anos conseguiram sair da faixa de miséria absoluta. O Bolsa-Família atendeu mais de 11 milhões de famílias que se encontravam nesta situação. "Esse é um dos principais motivos da reeleição de Lula, a conquista da dignidade por milhões de pessoas que sequer eram consideradas ‘opinião pública’ antes deste governo. Muita gente ignorou essa mudança", afirmou.
Ética – Na opinião do vice-líder, o presidente não deixou de falar de temas delicados como a ética na política. "Ele defendeu avanços no padrão ético e nas práticas políticas e lembrou que nunca havia se combatido tanto a corrupção como em nosso governo", salientou. Para finalizar, Beto destaca a determinação de Lula para que, no segundo governo, o país consiga se livrar de amarras que prejudicam o desenvolvimento a longo prazo. Para isso, neste mês, será apresentado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para destravar a economia. Segundo Beto, o pacote deve estimular e ordenar o investimento produtivo.
