Os partidos que compõem o bloco de esquerda na Câmara dos Deputados divulgaram nesta quarta-feira em Brasília um manifesto com posições como o apoio ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal, uma taxa de crescimento econômico de pelo menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e um nível anual de investimentos superior a 25%. Na proposta assinada pelos presidentes do PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRB e PHS, os partidos defendem as reformas política, tributária, universitária, urbana e agrária, consideradas “mecanismos vitais para o fortalecimento da democracia”.
O grupo de 80 deputados reafirmou o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas revelou interesse de fazer alianças de olho nas eleições municipais de 2008. Para o vice-líder do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB/RS), o bloco reúne convicções, história e natureza políticas do trabalhismo, socialismo, comunismo e do nacionalismo. “Os partidos do bloco não podem desperdiçar a oportunidade de somarem forças e idéias com o objetivo de 'puxarem o presidente Lula à esquerda' e 'garantirem o caminho do desenvolvimento com justiça social”, afirma o vice-presidente nacional do PSB.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou que o ato político na sede nacional do PDT simboliza o início da construção de uma identidade de uma frente de esquerda que terá papel decisivo nas eleições de 2008 e 2010. O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que o programa mínimo do bloco retoma as lutas históricas de pioneiros como o ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, do PSB, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, do PDT, e o ex-deputado João Amazonas, do PCdoB. O ato de lançamento do programa contou com participação de várias lideranças nacionais, como o ex-presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), o deputado Ciro Gomes (PSB/CE) e o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, além dos parlamentares do bloco.
