Vice-líder conhece projetos do Brasil na estação antártica
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[29/11/2007]
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), viajou no final da semana ao extremo sul do continente para conhecer os projetos desenvolvidos pelo governo brasileiro na Antártida. A convite da Marinha do Brasil, o deputado participou de programa que incluiu visitas ao Museu Oceanográfico e à Estação de Apoio Antártico (Esantar), em Rio Grande, e à Estação Antártica Comandante Ferraz, localizada na Ilha Rei George, no Arquipélago Shetland do Sul. Inaugurada em fevereiro de 1984, a estação marca a presença brasileira no continente.O país fincou a bandeira verde-amarela na Antártida dois anos antes com o início de projetos de pesquisa científicas, dentro do Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
A presença brasileira no continente antártico é reconhecida internacionalmente e tem importância cada vez mais estratégica para o desenvolvimento de pesquisa em diversas áreas do conhecimento, afirma o deputado.
O vice-líder afirma que as pesquisas na estação brasileira são de grande valor para o país, especialmente quando uma das principais preocupações atuais é o desequilíbrio ambiental e suas conseqüências para a sobrevivência das pessoas. Segundo ele, a presença de pesquisadores na estação antártica é fundamental para identificar, por exemplo, o derretimento do gelo glacial que tem aumentando o nível do mar. Esta já é uma conseqüência desse fenômeno que interfere no ambiente antártico e ártico e cuja observação é feita a partir da base brasileira, afirma.
De acordo com Albuquerque, há dados do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) que indicam que nas partes mais quentes da Antártida vem ocorrendo um colapso das plataformas de gelo. Em pouco mais de uma década, já foram perdidos 14 mil quilômetros quadrados, afirma. A estação antártica realiza pesquisas nas áreas biológica, meteorológica, química, de oceanografia física e de Ciências da Atmosfera.
Desde o começo do programa, com a aquisição do navio de apoio oceanográfico Barão de Teffé, o governo brasileiro realizou sucessivas operações na Antártida, sempre com resultados positivos. Como reconhecimento, em 1983, o país passou a integrar a Parte Consultiva do Tratado da Antártida. Atualmente, a estação é formada por 63 módulos, entre alojamentos, oficinas, laboratórios, sala de comunicações e até um pequeno ginásio de esportes, numa área de cerca de 2,2 mil metros quadrados.