TV Brasil não será “chapa-branca”, afirma vice-líder

Feb 21 2008
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[21/02/2008]

A TV Brasil, a nova emissora pública criada pelo governo federal, não será “chapa-branca”, “não servirá para aplaudir governo, mas para servir de alternativa qualificada ao cidadão". A afirmação é do vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS). A medida provisória que cria a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), gestora da TV, foi aprovada na última terça-feira (19), na Câmara dos Deputados. A votação dos destaques, apresentados pela oposição e pela base aliada, começaram a ser votados nesta quinta-feira (21), mas deve prosseguir na próxima segunda.

Segundo Beto, o governo Lula não está inventando a roda ao criar uma TV pública nacional. Em vários países da Europa e na América do Norte há exemplos desse tipo, como a BBC inglesa, inglesa BBC, a TVE espanhola, a France Televisón, e a norte-americana PPS. “No Brasil, a TV comercial cumpriu papel importante para a integração nacional, mas a TV pública não se desenvolveu”, afirma. Ele destaca, ainda, que a TV pública poderá ser um veículo de ensino a distância e universidade aberta, além de poder contribuir na alfabetização da população. “Isto não rende resultado comercial, não desperta audiência motivada por valores comerciais, mas ajuda a formação e capacitação do povo trabalhador”.

A TV pública brasileira, como em todo o mundo, vai procurar ter uma programação diferente daquela conduzida pela ditadura da grande audiência e pelo interesse comercial do lucro. "A TV Brasil será uma TV com todos os sotaques do país, plural, democrática”, afirma o vice-líder. Para isso, um Conselho Curador, formado por representantes de vários setores da sociedade, irá fiscalizar a aplicação dos princípios da TV pública de forma transparente. “Esse é um bom instrumento de defesa do interesse do público, tão bom que poderia ser usado também na TV comercial.”