O vice-líder do governo, deputado federal Beto Albuquerque (PSB), usou a tribuna do plenário, em Brasília, para homenagear os 80 anos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que serão comemorados no próximo dia 24 de julho. “Gostaria de homenagear nesta ocasião a todos os mais de 10.000 policiais rodoviários do país, especialmente os que prestam serviço no Rio Grande do Sul, que garantem a presença ostensiva da PRF, 24 horas por dia nas estradas e rodovias federais de todos os pontos do Brasil, tanto no tocante à atuação no trânsito como na segurança pública”.
No plenário da Câmara Federal, Beto destacou que o impacto promovido no contexto das ações promovidas pela PRF trouxe mudanças no público-alvo, que conta com a PRF não apenas como uma polícia de trânsito, mas como um braço do Estado atuante na segurança pública em todos os pontos do país, afeiçoando-se, e por vezes sendo o único representante do Poder Público nas proximidades das comunidades das rodovias em que atua.
Beto Albuquerque também homenageou a instituição PRF em nome da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, a qual preside no Congresso Nacional. “Quero deixar meu testemunho do trabalho qualificado dos policiais rodoviários e a importância que tem o patrulheiro para esta tarefa que é de todos nós para a redução das tragédias no trânsito brasileiro”.
Ao encerrar, Beto disse que a Câmara está prevendo na Medida provisória 431, o diploma de curso superior como requisito para o ingresso na carreira de policial rodoviário para valorizar e qualificar a categoria.
Leia na íntegra o pronunciamento do deputado Beto Albuquerque
O Deputado Beto Albuquerque (PSB/RS) pronuncia o seguinte discurso:
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. No próximo dia 24 de julho a Polícia Rodoviária Federal completa 80 anos de serviços prestados à sociedade. Gostaria de homenagear nesta ocasião a todos os mais de 10.000 policiais rodoviários do país, especialmente os que prestam serviço no Rio Grande do Sul, que garantem a presença ostensiva da PRF, 24 horas por dia nas estradas e rodovias federais de todos os pontos do Brasil, tanto no tocante à atuação no trânsito como na segurança pública.
As rodovias são meios de escoamento de cargas e locomoção de pessoas, mas por elas também trafegam os vetores da criminalidade que, de fato, influenciam a vida cotidiana de todos nós. O desenvolvimento de novas ações, a procura de inovar, se adequar, de inventar e se reinventar é a capacidade que permitiu a POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, lidar com as mudanças sociais do Brasil nesses últimos 80 anos.
Hoje, a PRF conta com efetivo que trabalha sob escala em turnos de revezamento, para cobrir integral e diuturnamente a malha viária federal em um país de dimensões continentais, exercendo uma atividade múltipla de fiscalização nas rodovias federais onde, também, combate à criminalidade, executando ações contra o tráfico de drogas e entorpecentes, a exploração sexual infantil, o roubo de cargas e veículos, entre outras tantas atividades. Isso demonstra que a PRF, sem deixar suas funções de fiscalização de trânsito ou de atendimento a acidentes e apesar de uma falta de estrutura mais adequada as suas ações e atribuições e até do reconhecimento merecido, incorporou de forma muito forte, um espírito de combate à criminalidade.
É importante destacar que o impacto promovido no contexto das ações promovidas pela POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL trouxe mudanças no público-alvo, que conta com a PRF não apenas como uma polícia de trânsito, mas como um braço do Estado atuante na segurança pública em todos os pontos do país, afeiçoando-se, e por vezes sendo o único representante do Poder Público nas proximidades das comunidades das rodovias em que atua.
Assim, podemos observar e atrelar a esse quadro, que os conceitos de qualidade, satisfação ao usuário e excelência no padrão de serviços têm mudado constantemente. De uma forma geral, a comunidade tem procurado cada vez mais a polícia, e quanto mais essa instituição é confiável e percebida como estando a serviço das pessoas, maior a procura por ela. Isto se traduz nas diversas formas pelas quais essa organização policial é acionada para resolver problemas que não são propriamente de polícia, mas que, por serem os mais próximos e visíveis agentes do Estado, são chamados a atenderem aos pedidos dessas pessoas. Assim, se nos dispusermos e pararmos para observar atentamente o cotidiano dos policiais rodoviários federais nas estradas brasileiras, veremos que o trabalho desenvolvido por eles é bastante diferente do que as pessoas acreditam ser, e diferentes também dependendo da zona geográfica onde estão lotados.
Contextualizando, a POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL somente no estado do Rio Grande do Sul durante os primeiros 6 meses deste ano já prendeu em flagrante um total de 969 pessoas, indivíduos que cometeram crimes de diversas naturezas: desde assalto e roubo a cargas, estrangeiros irregulares, passando também pelo crimes ambientais e tráfico de drogas. No RS, a PRF deu fortes golpes no tráfico de drogas, onde conseguiu apreender cerca de 500 quilos de cocaína, 10 de crack e 500 de maconha. Além disso, mais de 760 mil CDs e DVDs piratas, 27 mil pacotes de cigarros contrabandeados, 98 armas irregulares e mais de 10 mil cartuchos ilegais não chegaram às ruas do Rio Grande do Sul graças a ações da POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL.
Outras atitudes como o mapeamento da exploração sexual infanto-juvenil que busca identificar e combater os pontos vulneráveis à ocorrência de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes nas estradas federais brasileiras foram feitas. Anualmente, a POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL cumpre um calendário extenso de operações, especialmente em feriados e fins de semanas prolongados, além dos comandos voltados à educação de trânsito e à fiscalização do transporte de produtos perigosos, como substâncias tóxicas, explosivas, corrosivas, inflamáveis, radioativas, fazendo, inclusive, serviços de batedor para o transporte de cargas de dimensões excepcionais e de urânio. Faz ainda a escolta e segurança de autoridades brasileiras e/ou estrangeiras em trânsito pelo país.
Finalizando, não podemos deixar de mencionar o importante papel que os policiais rodoviários federais têm desempenhado no combate à violência no trânsito, em especial no cumprimento de uma legislação mais rigorosa aos motoristas com a proibição da ingestão de álcool atrelada ao volante, precisamos sim, e muito do aparato desses agentes para que a Lei não fique no papel. Então, podemos dizer com certeza de não errar, que a POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL é uma polícia efetivamente eclética, que carrega a idéia de procurar resolver os problemas que a ela são encaminhados, mesmo em circunstâncias muitas vezes desfavoráveis.
Portanto, Senhor Presidente esta instituição Polícia Rodoviária Federal merece a nossa homenagem. Em nome da FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO TRÂNSITO SEGURO do Congresso Nacional, quero deixar o meu testemunho do trabalho qualificado dos policiais rodoviários e a importância que tem o patrulheiro para esta tarefa que é de todos nós para a redução das tragédias no trânsito brasileiro. Muito já se escreveu sobre isso. Agora, com a sanção da Lei 11.705, que completa seu primeiro mês de vigência, mais importância ainda adquire a nossa PRF para fazer cumprir a lei nas nossas rodovias federais, para fazer as blitz de trânsito e proceder a fiscalização através do bafômetro que nada mais é de que um sopro pela vida. Os primeiros números de redução de mortes e acidentes, decorrentes da Lei, são por si só irrefutáveis e animadores. É uma conquista da sociedade que está promovendo uma mudança de comportamento de todos nós.
Parabéns a todos os policiais rodoviários, neste momento em que estamos prevendo na Medida Provisória 431, o diploma de curso superior como requisito para o ingresso na carreira de policial rodoviário, o que valoriza e qualifica a toda a categoria.
