Dê um presente para quem precisa de você para viver
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Para se cadastrar como candidato à doação de medula, segundo informações contidas no sítio do INCA, é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. A pessoa deve apresentar documento oficial de identidade com foto e preencher o formulário de cadastramento.
No momento do cadastro, a pessoa recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue (um tubinho de sangue, com cerca de 5ml) que será submetida a um exame genético chamado de histocompatibilidade (HLA).
O resultado da tipagem HLA e os dados cadastrais da pessoa são incluídos em um banco de dados, chamado Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), que é coordenado pelo INCA. A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por ‘tutano’. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. O transplante pode ser autogênico, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico, quando a medula ou as células provêm de um outro indivíduo (doador). O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Antes da doação, o doador faz um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita por meio de uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade tecidual entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade tecidual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6. Por isso, devem ser iguais entre doador e receptor. Esta análise é realizada em testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 35%.
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos semelhantes. Embora, no caso do Brasil, a mistura de raças dificulte a localização de doadores, é possível encontrá-los em outros países. Desta forma surgiram os primeiros Bancos de Doadores de Medula, em que voluntários de todo o mundo são cadastrados e consultados para pacientes de todo o Planeta. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros.
O INCA já lidera, em parceria com os hemocentros, várias empresas e instituições no Brasil, a partir de junho de 2004, uma Campanha Nacional de Doação de Medula Óssea, que agora queremos institucionalizar. Com a campanha já foi possível aumentar o registro brasileiro de doadores que, em 2003, só oferecia 11% do material utilizado para os transplantes. Hoje, o registro já responde por 70% dos doadores encontrados e em outubro de 2006 alcançou a marca de mais de 300.000 doadores cadastrados.
Apesar de crescente, este número ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes, principalmente, pelo fato de a probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil ser de um em 100 mil.
Pela sua importância, esperamos que este projeto de lei seja aprovado pelos ilustres Deputados.
Beto Albuqueruqe – Deputado Federal PSB/RS
>> Para ser doador
A cada ano temos no Rio Grande do Sul 1.000 novos casos de leucemias, sendo que o transplante de medula óssea torna-se inevitável na maioria destes casos. Hoje, a chance de se encontrar uma medula compatível pode ser de uma em 100 mil.
Por isso, são organizados Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar.
Para se fazer parte do cadastro de candidatos a doador basta ir a um dos locais da lista ao lado para extrair uma pequena quantidade de sangue da veia – apenas 10 ml – e preencher um formulário com informações pessoais.
Feito isso, o sangue passará por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste feito em laboratório para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro nacional. Quando um paciente necessitar de transplante, esse cadastro será consultado e, se for localizado um doador compatível, esta pessoa será convidada a fazer a doação de medula – sangue gelatinoso que se encontra junto aos ossos.
No dia 3 de fevereiro de 2009 perdi meu filho Pietro depois de uma luta de 14 meses contra a leucemia, mas isso não me fez desistir de ajudar a salvar outras vidas. Conto com sua solidariedade que pode se dar a partir do simples ato de ir até um hemocentro ou a um hospital habilitado para tornar-se candidato a doador de medula óssea.
Ajude o Pietro a salvar outras vidas.
O procedimento de doação é muito simples, sem transtornos para quem doa, mas uma atitude que para o doente será a diferença entre a vida e a morte.
>> Onde se cadastrar
Hospital de Clínicas de POA
Rua São Manoel, 543 – 2.° andar (O Posto de Saúde fica nos fundos do hospital e a entrada é pela Rua São Manoel) – Bairro Santa Cecília – (51) 2101-8504. Como fazer: basta levar RG e CPF, de segunda a sexta-feira, das 08 às 17 horas. Informações (51) 2101.8504.
HEMORGS – Hemocentro do Rio Grande do Sul –
Av. Bento Gonçalves, 3.722 – Bairro Partenon – Porto Alegre (51) 3336.6755. Como fazer: É preciso realizar agendamento pelo telefone (51) 3336-2843. É indispensável levar o RG. O horário de atendimento é de 2.ª a 5.ª feira, somente, das 08 às 16 horas.
Complexo da Santa Casa
Hospital Dom Vicente Scherer Av. Independência, 155 – 7° andar – Centro – Porto Alegre – (51) 3214-8670. Como fazer: É preciso realizar agendamento pelo telefone (51) 3214-8670. É indispensável levar o RG. O horário de atendimento de 2.ª a 5.ª feira é das 08 às 12 horas e das 14 às 16 horas. Na 6.ª Feira somente das 08 às 12 horas.
Hemocentro de Alegrete
Rua General Sampaio, 10 – Bairro Canudos – (55) 3426-4127 – Como fazer: somente são realizadas na primeira semana de cada mês. Basta levar qualquer documento com foto. O horário de atendimento é das 08 às 14h. Hemocentro de Caxias do Sul – Rua Ernesto Alves, 2.260 – Centro – (54) 3214.2223. Como fazer: basta levar RG, de segunda a sexta-feira, das 08 às 18 horas.
Hemocentro de Cruz Alta
Rua Barão do Rio Branco, 1.445 (fundos do Posto Central de Saúde) – (55) 3326-3168. Como fazer: para doar basta levar CPF, de segunda a sexta-feira, das 07 às 19 horas.
Hemopasso – Hemocentro Regional de Passo Fundo
Rua 7 de Setembro, 1.055 – (54) 3317-2185 / 3311-5555 Como fazer: para doar basta levar RG, de segunda a sexta-feira, das 07 às 18h30min.
Hemocentro Regional de Pelotas
Av. Bento Gonçalves, 4.569, (53) 3222-3002. Como fazer: basta levar RG, de segunda a sexta-feira, das 08 às 18 horas.
Hemocentro Regional de Santa Rosa
Rua Boa Vista, 401 – Centro – (55) 3513-0612. Como fazer: É preciso levar RG, de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 11 horas e das 13h30min às 17 horas.
Hemocentro Regional de Palmeira das Missões
Avenida Nassib Nassif, 381 – Loteamento Cezar (55) 3742-5676. Obs: Previsão de estar realizando estes serviços até o final de março de 2009. As coletas serão realizadas de segunda à sexta-feira, somente pela manhã, das 08 às 11 horas.
Hemocentro Regional de Santa Maria
Alameda Santiago do Chile, 35 – Bairro Nossa Senhora de Lurdes – (55) 3221-5262. Obs: Previsão de estar realizando estes serviços até o final de 2009.
Outros estados
>> Lei Pietro
PROJETO DE LEI Nº 4.383, DE 2008
(Do Senhor Beto Albuquerque)
Institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
O Congresso Nacional Decreta:
Art. 1º Esta lei institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
Art. 2º Fica instituída a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que será realizada, anualmente, de 14 a 21 de dezembro
§1º Durante a semana serão desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea e à captação de doadores.
§2º As ações, atividades e campanhas publicitárias devem envolver órgãos públicos e entidades privadas a fim de informar e orientar sobre os procedimentos para o cadastro de doadores, a importância da doação de medula óssea para salvar vidas e sobre o armazenamento de dados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).
§ 3º. A frase a ser difundida durante a Semana é: “Neste Natal, dê um presente a quem precisa de ti pra viver: cadastre-se como doador de medula”.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
>> JUSTIFICAÇÃO
O projeto de lei que apresento tem como o foco o esclarecimento e a mobilização do doador voluntário, cuja compatibilidade sangüínea permite ser doador de medula óssea, em vida, sem prejuízo a sua saúde. O transplante de medula óssea é indicado para pacientes que sofrem de leucemia, linfomas, anemias graves e imunodeficiências congênitas, além de outras 70 doenças relacionadas aos sistemas sangüíneo e imunológico.
Só de leucemias, o Brasil já tem mais de dez mil casos por ano , segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Inspiro-me, desde o dia 14 de dezembro. de 2007 a apresentar este projeto por viver um desafio na família para encontrar doador que permitisse fazer o transplante de medula no meu filho, que possui leucemia mielóide aguda. Assim como nós, milhares de famílias no Brasil enfrentam, muitas vezes, dificuldades de encontrar doador no círculo familiar ou mesmo no Brasil.
Há doenças, como essas referidas, cujo principal problema localiza-se na ausência de solidariedade. Por isso, quanto maior o número de doadores, mais fácil será encontrar um doador compatível e, assim, salvar vidas.
>> OUÇA
Entrevista do Deputado Beto à Rádio da ABERT sobre Doação de Medula