PSB gaúcho debate cenário eleitoral para 2018
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O PSB gaúcho reuniu, no sábado (9), o seu Diretório Estadual, para iniciar o debate sobre os possíveis cenários eleitorais do partido em nível nacional e estadual. O presidente do partido, deputado José Stédile, fez uma explanação sobre as perspectivas, embora tenha ponderado que “tudo ainda é muito incerto e o quadro político pode ser alterado a qualquer momento. Os cenários ainda estão muito indefinidos, mas o PSB já está debatendo as possibilidades”. Conforme o socialista, no RS, o PSB trabalha com duas hipóteses, fazer composição com alguma das candidaturas postas ou lançar candidatura própria.
Ao defender a unidade partidária para as decisões que o partido precisa tomar no próximo período, Stédile alertou para a grandeza e responsabilidade das decisões, que são de estratégia política. “Aqui no RS estamos fazendo o debate com cautela. Vamos decidir em conjunto em março. A força que vamos ter na eleição depende da unidade que teremos na tomada de decisão”, avaliou, ao relatar os prós e contras de cada possibilidade hoje em pauta.
O dirigente também enfatizou que a pré-candidatura de Beto Albuquerque ao Senado, o aumento das bancadas federal e estadual e as propostas do PSB para o Estado são bases para qualquer articulação na estratégia de alianças que o partido irá discutir.
Já o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, fez uma análise da conjuntura política nacional. Beto defendeu candidatura própria à presidência da República como forma de retomar o projeto do partido inviabilizado em 2014 com a perda de Eduardo Campos. “Defendo uma candidatura nacional com identidade partidária, que tenha compromisso com as raízes no partido, para termos capital político próprio. Uma campanha eleitoral nacional é o maior processo de comunicação com a sociedade que um partido pode ter e não podemos perder esta oportunidade”, enfatizou Beto, ao informar que já são 10 estados com candidaturas majoritárias postas.
“Precisamos continuar mobilizados. O quadro ainda é incerto, muita coisa está acontecendo e ainda pode mudara”, avaliou ao explicar que de um lado da disputa nacional, atualmente, há a candidatura de Lula que, segundo Beto, se ganhar representa conflito, e de outro o Bolsonaro que seria a ruptura. “Temos que encontrar um caminho do meio, que tenha projeto para o país, projeto de desenvolvimento, econômico e social.”
O deputado federal Heitor Schuch defendeu a candidatura própria em nível nacional e estadual. Afirmou que 2018 será o ano do PSB. Para ele “Socialista tem que votar em Socialistaai”.
O deputado estadual Catarina Paladini salientou que o debate sobre o processo eleitoral de 2018 precisa ser amplamente avaliado, com responsabilidade diante do grave momento político que vive o país. Registrou ainda que a Bancada do PSB na Assembleia fechou questão para a defesa de realização de plebiscito para privatização da Sulgás, CRM e CEEE.
Já o deputado Elton Weber também defendeu candidatura própria mas salientou que é preciso fazer uma análise criteriosa, fortalecer o partido e estabelecer uma pauta até março. “Vamos organizar roteiros e agendas para discutir e apresentar nosso candidato ao Senado Beto Albuquerqueai”, ressaltou.
Núcleos
Durante a reunião do Diretório do PSBRS, que ocorreu no plenário da Câmara de Vereadores da capital, foram aprovadas as criações dos núcleos dos Indígenas e dos Evangélicos.
Ao final da reunião o deputado federal da Rede, João Derly, fez uma fala saudando os socialistas e defendendo que as duas siglas possam dialogar e pensar juntas o futuro do país. “Que possamos estar próximos para que dentro nosso campo político possamos discutir um projeto de país.”
Texto e foto: Daniela Miranda