Comissão analisa projeto controverso que exige bafômetro no carro
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A Comissão de Viação e Transportes pode votar neste semestre uma proposta que obriga as fábricas de automóveis a equipar os veículos novos com um sensor de ar alveolar (bafômetro passivo) capaz de identificar, no ambiente interno do carro, se o motorista consumiu bebida alcoólica em um nível além do limite permitido para dirigir, travando automaticamente a ignição do automóvel em caso positivo.
No entanto, a proposta é controversa, e o relator, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), apresentou parecer pela rejeição. O autor do projeto (PL 2176/07), deputado Jurandy Loureiro (PSC-ES), tentará convencer o relator a reformular seu parecer. Ele retirou a proposta da pauta em abril para impedir que fosse rejeitada pela comissão e para discutir mais o assunto. "Se for necessário, farei alterações no projeto", afirma.
O sistema é acionado durante o trajeto e, se em algum momento detectar que o motorista está dirigindo com teor alcoólico no sangue acima do permitido, trava automaticamente a ignição do automóvel.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), considera que a principal forma de enfrentar o abuso de álcool no trânsito é com uma política permanente de fiscalização nas ruas, com metas, "como a França faz com resultados fantásticos de redução de mortes". Lá, informa, é feita abordagem de 30% da frota todos os anos. "O que precisamos é que a Polícia Rodoviária Federal faça blitze permanentes para verificação de alcoolemia", afirma.
Gastos
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados no ano passado, revelam que o custo dos acidentes de trânsito no Brasil chega a R$ 22 bilhões por ano. Nesse valor, explica o Ipea, estão incluídos os gastos médicos, hospitalares, de perda de renda, remoção e recuperação de veículos, administrativos, judiciais e previdenciários.
Com Agência Câmara