A hora do metrô é agora
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[04/07/2009]
Beto Albuquerque*
Sediar jogos da Copa do Mundo em 2014 abre para Porto Alegre uma janela de oportunidades. Uma das mais importantes é a possibilidade de construção da nova linha de metrô subterrâneo, transporte coletivo de qualidade, rápido e seguro. Esta obra é uma tarefa de total responsabilidade do Governo Federal e significa um investimento de R$ 2,5 bilhões para construir uma linha de mais de 15 quilômetros para atender a 300 mil pessoas por dia.
O transporte subterrâneo de passageiros é necessidade das grandes metrópoles. Por isso, afirmo que realizar jogos da Copa do Mundo na capital gaúcha é fato extremamente positivo, mas exige compromissos a serem honrados.
O processo para a construção do novo metrô precisa começar ainda no segundo semestre deste ano se quisermos ver as obras concluídas antes de 2014. É preciso lançar agora os editais. São muitas etapas a cumprir, desde a definição do traçado, elaboração do projeto executivo de engenharia, licenciamento ambiental, passando por licitações até chegar à definição da empresa de construção. Tudo antes da primeira escavação. Estamos atrasados.
O tempo de construção depende de uma infinidade de fatores, como extensão e perfil da linha, profundidade, tipo de solo, além da quantidade de retas, de curvas, de descidas e de subidas, número de estações, bitola, tipo de trilhos entre outras questões indispensáveis.
É preciso deixar para trás a discussão estéril sobre a paternidade do metrô e colocar as mãos na massa a partir de hoje. Não podemos passar atestado de incompetência de termos a Capital lotada de turistas em 2014 em meio a obras inacabadas ou, o que seria bem pior, obra nenhuma.
A agilidade não depende da liberação de recursos. Não podemos perder mais tempo. É preciso começar a definição dos projetos. Cada dia perdido poderá fazer falta no final.
Essa é uma obra que ficará para sempre e beneficiará milhares de pessoas. Desafogará o trânsito da capital gaúcha, por onde circulam 30% dos veículos do Estado, num quadro visível de esgotamento.
A hora do metrô é agora. Fazer o metrô entrar em funcionamento em cinco anos não é acordar de um simples sonho.* Deputado federal (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara e ex-secretário de Estado dos Transportes
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