A verdade sobre as rodovias gaúchas
- Posted by: Ass. Imprensa
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[01/09/2000]
Quando assumimos o governo do Estado, nossa maior preocupação sempre foi o zelo pelo dinheiro público, que pertence integralmente ao contribuinte. Nesse contexto, tem chamado à atenção as constantes declarações do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, que parece considerar os recursos públicos como propriedade dos governantes, ou de ex-governantes como é o caso de Antônio Britto. Pede o ministro que citemos uma só obra de nossa iniciativa.
Vamos atendê-lo. Estamos recuperando a BR-386 (estrada de responsabilidade do ministro), ligando Iraí a Sarandi. O investimento é de R$1,5 milhão. Recuperamos a BR-290, entre Alegrete e Uruguaiana, também de competência da União, cujo investimento foi de R$2 milhões.
O trecho que liga Maximiliano de Almeida à Barragem de Machadinho está em obras. Estamos concluindo a restauração dos 88 km da RST-101 (BR-101) a Estrada do Inferno, entre Bacopari e Mostardas, e está em processo licitatório, para início de obras em janeiro de 2001, 4700 Km de rodovias estaduais que serão restauradas até 2002, no valor de R$ 300 milhões.
Investiremos mais R$ 96 milhões em 180 km de trechos que integrarão os corredores de exportação, atualmente em processo licitatório. Também estamos licitando a RS-480, entre Barão de Cotegipe e São Valentim. Isto sem falar que já restauramos 400 km de rodovias sem pedágios, ressinalizamos mais de 1500 km de rodovias estaduais e estamos dando continuidade a construção de outros 1000 km de rodovias.
Muitas rodovias tiveram início na administração estadual anterior, mas como nosso objetivo é servir aos gaúchos, não relutamos em concluí-las. Assim como o governo anterior recebeu obras inacabadas de seu antecessor. Só não foram em número tão elevado como foi o nosso caso e sem o valor correspondente para sua conclusão. Em julho de l998 a administração que nos antecedeu contratou 300 novas obras no valor de R$ 700 milhões, sem previsão orçamentária.
No ano de 1999 recebemos de brinde 51 obras contratadas há mais de dez anos, sem conclusão.
Isto sem falar nos R$ 89 milhões de dívidas, com o pagamento já encaminhado por nosso Governo.
O que nos causa estranheza são as constantes promessas feitas pelo ministro, a maioria jogada como penas ao vento. Há muitos anos ouvimos falar do metrô da capital gaúcha, mas só agora, às vésperas de uma eleição, vimos a inauguração de maquetes sobre o mêtro. Da mesma forma , foi anunciada a destinação de recursos e obras de duplicação da BR-101, entre Osório e Florianópolis. Só que até agora isso não se concretizou. O mesmo ocorre com a BR-116, entre Guaíba e Pelotas. Em compensação, o ministro Eliseu Padilha amplia de l5 para 25 anos a concessão de um pólo de pedágio na zona sul que terá como resultado a instalação de quatro praças de pedágio entre Camaquã/Pelotas e Rio Grande. Se a intenção é duplicar, não há necessidade de entregar a BR –116 e a BR-392 a uma empresa privada. Outra proeza do ministro é divulgar a duplicação da BR-290 de Porto Alegre a Pântano, trecho privatizado. Até o presente momento, não tivemos a sorte de assistir a duplicação da BR-285, de Passo Fundo até o Parque de Exposição da Éfrica divulgado em festa na última eleição. Nem mesmo a duplicação da BR-153, cuja verba orçamentária para este ano é de R$25 mil, foi feita. A tão decantada duplicação da BR-386, entre Lajeado/Soledade é trecho privatizado. Mas, a sociedade gaúcha também aguarda por muitos anos a duplicação da BR-386 Tabaí / Canoas.
De outra parte, faço questão de traçar um paralelo entre os investimentos efetuados pelo Estado e pela União em 2000. Nosso Governo já efetivou R$ 146 milhões em pagamentos de obras rodoviárias, enquanto que o Governo Federal, apenas R$ 5 milhões no mesmo período. Sendo que a realização de nossas obras, são feitas por escolha popular. Quem decide é o povo, via Orçamento Participativo. Como a sociedade priorizou, reúne condições para fiscalizar as ações do Governo e conferir sua veracidade. Não é o caso do Governo Federal.