O Rio Grande do Sul acumula acentuada tradição na exploração, no beneficiamento e na exportação de pedras preciosas. Com uma das maiores jazidas do mundo de ágata e ametista, além de consideráveis reservas de citrino, o Estado obteve em 2004 US$ 61 milhões com a exportação do produto. Esse desempenho fez o Rio Grande do Sul ultrapassar Minas Gerais no ranking de exportação do país.
Certo da importância desse setor produtivo para a economia gaúcha e também para a pauta de exportação brasileira, o ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Campos, firma nesta quinta-feira, em Soledade, um convênio para a implantação do Centro Tecnológico de Pedras, Gemas e Jóias do Rio Grande do Sul. A assinatura desse convênio, durante a Exposição Feira de Soledade (Exposol), torna o nosso sonho uma realidade que deverá gerar mais emprego e renda para milhares de gaúchos.
O convênio prevê um investimento de R$ 740 mil. Uma unidade administrativa e um pólo serão instalados em Soledade, em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF). Com 300 empresas de diferentes portes, o município participa com 78,5% do volume de exportações do Estado.Também serão criados outros três pólos, em Guaporé, com a Universidade de Caxias do Sul, em Lajeado, com a Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior (Univates), e em Ametista do Sul, com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A iniciativa do MCT, com a parceria de universidades e prefeituras, é decisiva para fomentar a industrialização, qualificação e expansão da cadeia produtiva das pedras. Com base em critérios técnicos, esse investimento público terá impacto concreto na economia de regiões como a do Alto da Serra do Botucaraí, do Vale do Taquari e do Salto do Jacuí.
O projeto prevê, por exemplo, a capacitação de 12 mil trabalhadores, melhoria das condições de trabalho, medidas de preservação ambiental, o desenvolvimento de tecnologias, máquinas e equipamentos da cadeia produtiva, a criação de cursos de graduação e pós-graduação para formar mão-de-obra especializada, e também investimento em pesquisa.
A criação do Centro Tecnológico é uma ação concreta do governo Lula para estimular um setor produtivo que conquista com competência seu espaço no cenário econômico do Rio Grande do Sul e do país. Ao contrário daqueles que professam a doutrina do Estado mínimo, incapaz, ausente do processo de desenvolvimento, sou daqueles que defendo a necessidade de governos, trabalhadores e empreendedores estarem lado a lado para realizar a tarefa que nos cabe: com os olhos voltados para o futuro, dar continuidade à construção deste grande país.
