O caminho da estabilidade
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[01/06/2007]
O primeiro mandato do presidente Lula consolidou um ciclo virtuoso de estabilidade e desenvolvimento econômico e social. Entre 2003 e 2006, o Brasil viveu um forte período de expansão e de inédita combinação de indicadores econômicos positivos e consistentes. O país atingiu recordes, por exemplo, com a inflação mais baixa desde 1998 (IBGE, 2006), o menor risco-país em dez anos, um superávit de US$ 46 bilhões e reservas internacionais acima dos US$ 100 bilhões. Na área social, vimos o aumento do nível de ocupação e a melhor distribuição de renda dos últimos 23 anos (PNAD, 2004). A pobreza absoluta diminuiu quase 25% (FAO, 2006). São avanços conquistados com esforço coletivo e responsabilidade.
Com aprovação popular e um cenário promissor, Lula começa o segundo governo como poucos presidentes na história do país. A economia brasileira exibe um conjunto de indicadores econômicos favoráveis. Inflação baixa, superávit primário contínuo e redução do déficit nominal, evolução da poupança e do investimento. A taxa de risco-país, em 150 pontos, é a menor da histórica, o Produto Interno Bruto (PIB) previsto é de 4,5%, os juros devem chegar ao final do ano em 11,25%, e a projeção de inflação, a 4,59% (IPCA).
Com fundamentos sólidos e grande potencial, o Brasil mostra-se preparado para dar o grande salto no sentido do crescimento sustentável. É claro que ainda há obstáculos ao processo de modernização do país, mas que devem ser superados com a execução das reformas estruturais – incluindo a tributária, previdenciária, política e trabalhista -; o aprofundamento da política macroeconômica, dirigida ao crescimento, e a política fiscal, voltada para o aumento do investimento público. Mas o governo prossegue com medidas de desoneração de bens e serviços, de estímulo à inovação tecnológica, de política industrial, de ampliação do acesso à educação e de geração de emprego.
O Brasil caminha, portanto, para a sustentabilidade. Mas precisamos aproveitar os bons ventos da economia para acelerar o processo de crescimento do país. Este é o grande desafio do Brasil em 2007. Para isso, é necessário aumentar os investimentos, principalmente em infra-estrutura, e ampliar a desoneração fiscal para estimular a participação do setor privado. O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), um robusto conjunto de ações que prevê investimentos da ordem de R$ 500 bilhões, tem este objetivo.
O PAC é, ao mesmo tempo, um plano de investimentos e de gestão. Os recursos serão aplicados, de forma planejada e sem contingenciamento, em infra-estrutura logística, energética, social e urbana. O balanço dos primeiros cem dias, apresentado pelo Comitê Gestor do PAC, indica que 52,5% das 1.646 medidas avançaram em ritmo adequado. Míope, a oposição se apressou em criticar a inclusão de obras antigas, paralisadas, no plano. Ora, o PAC é diferenciado porque permitirá colocar em dia o custoso passivo de obras inacabadas, por conta de corrupção ou incompetência. Por que não retomar a construção da Norte-Sul, abandonada por tantos governos, se ela é importante para a economia?
O debate em torno do PAC acentua as diferenças entre aqueles que torcem pelo fracasso do governo Lula e os que apostam na consolidação do crescimento do país. Infelizmente, sempre restarão os céticos de plantão ou os deslumbrados com ilusionismos a la Kirchner. A estes, a história responderá.
(*) Vice-líder do governo na Câmara dos Deputados