RS/471: obra do presente

Jul 01 2001
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[01/07/2001]

Historicamente prometida, a RST 471 está sendo construída pelo nosso governo. Trata-se de um grande corredor de exportações – Soledade, Santa Cruz, Encruzilhada e Canguçu – com 360 quilômetros, que ligará a Metade Norte à Metade Sul do Estado, encurtando distâncias no rumo dos portos de Pelotas e Rio Grande. É uma rota alternativa às BRs 386 e 116, já esgotadas nas suas capacidades de fluxo e circulação de veículos e crivadas de pedágios no governo anterior.

São, portanto, inaceitáveis as críticas infundadas veiculadas neste espaço pelo leitor Flamir Henn sobre a rodovia em obras. Nosso governo sempre buscou o diálogo e o entendimento com a sociedade, mas temos a responsabilidade de fazer o que for melhor para os gaúchos. Não privilegiamos ninguém nem atendemos a interesses particulares. Dizendo-se petista indignado e corretor de imóveis, o leitor acusa o governo sobre o traçado definido para a estrada no trecho entre Barros Cassal e Santa Cruz do Sul.

Sempre se falou, é verdade – até porque era um desejo comum -, que o trajeto de 90 quilômetros (dos 360 totais da estrada) passaria por Sinimbu. Entretanto, quando da execução do projeto de engenharia sobre o que até então era uma idéia, o trajeto mostrou-se impossível. Fundamentalmente, razões ambientais – afinal, estamos diante de uma área coberta pela Mata Atlântica -, reconhecidas por BID, Fepam e Daer, exigiram que o traçado fosse outro. Nossa decisão possui cunho essencialmente técnico e não político. Além disso, um corredor de exportações não poderia ser concebido repleto de curvas e rampas, como exigiria o desenho pretendido. Refuto, veementemente, ilações de subserviência a outros interesses na definição do roteiro da obra. A definição é técnica, ambiental e financeiramente viável.

Talvez haja interesses imobiliários contrariados para justificar que o acessório (traçado) seja mais importante que o principal (a obra). O que importa é que a demanda do OP de construção da RST 471 está sendo executada, sem pedágios, para integrar o Rio Grande de ponta a ponta. Aliás, nestes 30 meses, já aplicamos mais de R$ 560 milhões em rodovias. Nosso governo, além de fio de bigode, tem palavra.