Transporte: a visão da intermodalidade
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[10/07/1999]
Sem desconsiderar ou desmerecer as responsabilidades do Estado sobre o modal rodoviário de transportes, o nosso Governo está implementando, através da Secretaria dos Transportes, uma visão intermodal para o setor. Nesse cenário, os sistemas hidroviario, ferroviário e aeroviário são alternativas importantes, com a visão do futuro e que precisam ser otimizadas, ampliadas e modernizadas, proporcionando à sociedade, aos setores produtivos e à economia, diferentes variáveis para a competição no mercado de transportes.
O Rio Grande do Sul é um estado privilegiado em termos de hidrovias, pois dispõe de vias navegáveis representando talvez a maior malha hidroviária do Brasil. Entretanto, a falta de visão política dos governos que nos antecederam somada a desconsideração de parte do setor empresarial fizeram com que nosso sistema de hidrovias permanecesse subutilizado. Vamos investir muito nesse modal potencializando a capacidade dos portos e, sobretudo dando condições para que toda rede de hidrovias gaúchas possa permitir navegações cada vez maiores. Da mesma forma investiremos em melhorias e conservação do sistema hidroviário e na capacitação dos portos de Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e Cachoeira do Sul, firmando o setor como meio alternativo de competição na área dos transportes.
No que diz respeito ao setor ferroviário, mesmo sendo de responsabilidade federal e estando sob concessão, o governo estadual possui um desejo, do ponto de vista político, de ampliação da malha. Achamos que a concessionária Sul Atlântico tem deixado muito a desejar nos serviços ferroviários prestados no RS. É preciso melhorá-los para que sejam mais competitivos. Através da Secretaria dos Transportes, estamos defendendo, junto ao Ministério dos Transportes e a própria concessionária, um projeto, já pronto, de criação de um novo ramal ferroviário entre a região metropolitana e a região de Pelotas. Seria uma linha de 250 quilômetros. Para ser viabilizada essa idéia depende da nossa visão de intervenção e da participação da iniciativa privada. Junto com o Ministério dos Transportes, pretendemos conversar com a Sul Atlântico, tendo em vista seu direito de preferência, e saber da disposição em realizar este investimento. Do contrário, buscaremos, através de licitação, atrair empreendedores internacionais. Esse novo ramal seria competitivo, e otimizaria o escoamento de produção, de exportação e até mesmo de importação, originado dos portos de Rio Grande e Pelotas.
Temos uma visão ampla de intermodalidade. Sendo assim, não podemos deixar de pensar o modal aeroviário que, lamentavelmente, também foi esquecido ao longo dos governos que se suscederam. Os aeroportos regionais encontram-se desprovidos de equipamentos e instrumentos adequados. Neste ano estamos investindo pesadamente nesse modal de transporte, modernizando os aeroportos de Caxias do Sul e Passo Fundo. Já Santo Ângelo está sendo incluído no projeto do Prodetur para ser modernizado. Trabalhamos também para equipar, ainda em 99, Santa Rosa, Erechim e Torres, onde serão instalados equipamentos de controle de pouso, realizadas ampliações e sinalização das pistas para vôos noturnos. Com relação ao aeroporto Salgado Filho estamos empenhados para que, no futuro, este seja o grande aeroporto de escoamento de cargas do Mercosul. Nesse sentido firmaremos convênio com a Infraero objetivando ampliar a pista que depende de investimentos pesados.
A intermodalidade é a nossa meta e para alcançá-la, ao longo do nosso governo investiremos em melhoramentos, conservação e construção em todas as áreas de transportes.