‘Campanha com quem pensa diferente’

Feb 27 2010
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JORNAL PIONEIRO – CAXIAS DO SUL
COLUNA MIRANTE – CIRO FABRIS

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB), pré-candidato ao governo do Estado, foi um dos políticos que também visitou a Festa da Uva nesta sexta-feira. No estande da Câmara de Vereadores, acompanhado pelas lideranças locais do PSB, ele conversou com o Mirante sobre o cenário eleitoral, em que uma aliança com o PP é decisiva para sua pré-candidatura, em especial devido ao tempo de propaganda eleitoral, e sobre os pedágios.

Mirante: A presença do PP em uma aliança ao Piratini é definidora para uma candidatura do PSB?

Beto Albuquerque: Quase definidora. O PP é um partido que passa por uma renovação. Há mais de ano conversamos em torno de um ciclo de entendimento, de uma agenda comum. A política gaúcha, como sempre foi, mais cria problemas do que resolve. Há 25 anos, a participação do RS no PIB nacional era de 10%, 25 anos depois é 6%. Quer dizer, houve uma perda de riqueza da ordem de 40%. Então queremos fazer campanha com quem pensa diferente, essa é a inovação.

Mirante: Mas sem o PP, como fica a candidatura?

Beto: Vamos ter de refletir. Estamos conversando também com o PTB, com (o também pré-candidato ao Piratini, presidente estadual do PTB e deputado estadual Luís Augusto) Lara. Temos um acerto de ver quem desponta nas pesquisas, mas isso não significa que os números sejam decisivos. É preciso ver quem tem tem mais densidade eleitoral. E com o PC do B, fizemos uma reunião hoje (sexta-feira), o PC do B está firme com a gente. Mas quem quer ganhar eleição não perde tempo demais negociando, esperando o adversário disparar. Até o meio de abril vamos definir. Abril é o limite da inteligência.

Mirante: A pré-candidatura de Ciro Gomes (PSB) ao Planalto segue em frente?

Beto: O governo (federal) ainda insiste no tom plebiscitário à campanha (para contrapor os governos Lula e FH no debate eleitoral). Mas não há mais plebiscito, a candidatura Marina (Silva, do PV) está aí. E o Ciro segue disposto a concorrer.

Mirante: O senhor continua entendendo que a governadora Yeda Crusius (PSDB) de um “golpe de mestre” quando denunciou os contratos dos pedágios, devolvendo unilateralmente as rodovias pedagiadas ao governo federal?

Beto: Quando eu falei “golpe de mestre” não significa que eu concorde com a medida da governadora. Significa que ela lavou as mãos. Significa que ela tinha um pepino e se livrou do pepino legalmente. Mas não livrou o RS do problema. O pedágio é um pau que nasceu torto e vai continuar torto. Tem que acabar o período (da concessão, em 2013) para resolver. E os gaúchos não gostam de quem lava as mãos.

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