A desorganização política do Executivo deixou insone o deputado Belo Albuquerque (PSB-RS). Tudo começou porque o governo resolveu retirar a urgência constitucional de duas propostas consideradas essenciais para a área ambiental. Vice-líder do governo na Câmara, ele se debate para salvar a votação de dois projetos que compõem o pacote verde, do qual é relator. Sabe, entretanto, que sua missão é inglória.
Ora, se nem com urgência as propostas foram aprovadas durante o semestre todo, é de se imaginar que Albuquerque terá enorme dificuldade para convencer a Mesa da Casa a colocar o projeto para apreciação do plenário.
Mesmo assim, haverá ainda uma tentativa de levar os textos a voto nesta semana. O cerne dos projetos é criar regras para a exploração de florestas. Este pacote foi enviado ao Congresso, em fevereiro, como uma das respostas do governo ao assassinato da irmã Dorothy Stang. Com a palavra, Severino Cavalcanti.
Descaso
Não é de agora que o deputado Beto Albuquerque sente a falta de prestígio de seu projeto junto ao governo. Nem na fase de elaboração do texto, o Ministério do Meio Ambiente se interessou pela proposta.
