A Siqueira, Márcio França descarta trocar PSB por PSDB

Feb 01 2018
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FOLHA DE PERNAMBUCO

“Ele garantiu que fica no PSB. Ele próprio não cogita sair”, assinala o presidente nacional

Em meio a rumores de que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, poderia trocar as hostes socialistas pelo ninho tucano, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, tratou de abordar o tema junto ao correligionário. Entre tucanos, no início do dia ontem, a hipótese de travessia era vista como uma forma de “fechar a equação”, uma vez que há resistência no tucanato à possibilidade de o governador Geraldo Alckmin abrir mão do comando do Estado em favor do PSB. Em um telefonema trocado com Márcio, Siqueira levou o assunto à pauta. E, à coluna, observou o seguinte: “Conversei com ele, hoje, e isso não tem o menor sentido. Inclusive porque o partido trata o projeto dele como prioridade, é o principal estado da federação. Temos disposição de apoiá-lo”.

O dirigente emendou: “Márcio é uma pessoa histórica. Desde a juventude, está no partido. Não há razão para sair. Ele garantiu que fica no PSB. Ele próprio não cogita sair”. Siqueira é taxativo sobre a candidatura de Márcio a governador de São Paulo: “Ele será candidato com ou sem o PSDB. Naturalmente, ele continua buscando apoio do PSDB, que agregraria muito”. A candidatura de Márcio é definida como prioridade também pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB. O assunto poderia ter rebatimento no Estado, caso uma aliança nacional se refletisse em composição no Estado. Para isso, os tucanos teriam que deixar a oposição, como fontes palacianas sugerem. Mas o presidente estadual da sigla, Bruno Araújo, vem realçando que “Pernambuco não entra nessa conta (de São Paulo)”.

Beto entra no páreo
Como a coluna cantou a pedra, Beto Albuquerque, que é vice-presidente nacional do PSB, entregou, ontem, a Carlos Siqueira, documento no qual se coloca à disposição para concorrer à Presidência da República e reitera importância de o partido ter candidatura própria. Do encontro, também participou Renato Casagrande.

Não é vida ou morte – Siqueira lembra que quando ele e Miguel Arraes ingressaram no PSB, Beto já era filiado. Define Beto como uma “figura muito querida de todos nós”. Mas pondera que a candidatura dele será tratada no momento oportuno. “Não é questão de vida ou morte”, considera.