Amorim critica os céticos
May
08 2007
(0) Comments
- Posted by: Ass. Imprensa
- Posted in Beto na Mídia
- Tags:
Correio Braziliense, 8/5/2007
MERCOSUL
Parlamento do bloco abre os trabalhos em Montevidéu, mas ainda não tem sede própria. Segundo o chanceler brasileiro, o pessimismo é o pior inimigo da integração, mais que as assimetrias regionais
Primeira sessão do Parlamento do Mercosul teve como cenário a Assembléia Nacional uruguaia
O chanceler Celso Amorim disse ontem que o principal problema do Mercosul não está nas assimetrias econômicas entre os países-membros, mas nas “resistências mentais” dos chamados “mercocéticos”. A crítica foi feita durante a abertura dos trabalhos do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu, capital do Uruguai. Estavam presentes autoridades políticas e legisladores de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela — país que está em processo de adesão permanente ao bloco. A sessão ocorreu no plenário da Assembléia Nacional uruguaia, já que o Legislativo regional ainda não tem sede própria.
A expectativa é de que o órgão, sem poder deliberativo, funcione como caixa de ressonância das demandas sociais e reduza a burocracia no processo de integração. “Esses obstáculos não são poucos, nem pequenos. Todos reconhecemos as dificuldades criadas pelas assimetrias. Mas, talvez, as maiores sejam as resistências mentais”, disse Amorim. Para o ministro, “os mercocéticos” são aqueles que “não conseguem se libertar de padrões intelectuais desenvolvidos numa realidade histórica já superada”.
Antes de Amorim, o próprio vice-presidente uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, alegou que “há muita gente apostando no fracasso do Mercosul”. Para o vice-presidente uruguaio, o Parlamento mercosulino será “o foro propício” para se discutir temas tão polêmicos como “investimento estrangeiro e meio ambiente”, numa referência velada ao conflito sobre a instalação de fábricas de celulose na margem do Rio Uruguai, cuja soberania é compartilhada com a Argentina.
Eleição
Na sessão de ontem, foram empossados os 81 parlamentares, entre deputados e senadores, designados pelos Legislativos de seus respectivos países. Dos cinco países, quatro enviaram delegações de 18 parlamentares cada; apenas a Venezuela indicou somente nove deputados. Os membros elegeram o senador paraguaio Alfonso González Núñez como presidente do Parlamento. Ele já exercia interinamente a presidência após a realização, em dezembro, da sessão especial de constituição do novo Parlamento, em Brasília.
Além de González Núñez, foram escolhidos para compor a Mesa Diretora quatro vice-presidentes, entre eles o deputado Dr. Rosinha (PT-PR). Ao discursar na abertura da sessão, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse que o início dos trabalhos do Parlamento mostra a vontade dos países do bloco de “tornar a integração uma realidade que abranja todas as dimensões de nossa vida cotidiana: o comércio, a economia, a cultura, a justiça social e a solidariedade entre nossos povos”. Por sua parte, o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que o Parlamento será a “melhor ponte” entre as demandas da população dos países que compõem o bloco e suas instâncias decisórias.
Na opinião do senador, o Parlamento deverá acelerar a incorporação aos ordenamentos jurídicos internos das normas do Mercosul. Para Renan, o novo Parlamento viverá seu próximo desafio em 2010, quando serão eleitos — em conjunto com os deputados federais e senadores — os deputados brasileiros que assumirão seus mandatos em 2011 no Parlamento do Mercosul. Hoje, os parlamentares devem discutir temas como o estabelecimento de uma comissão para analisar o Regimento Interno do novo órgão.
A BANCADA BRASILEIRA
Quem são os representantes no Parlamento do Mersocul
Senadores
Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Pedro Simon (PMDB-RS), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Efraim Morais (DEM-PB), Romeu Tuma (DEM-SP), Marisa Serrano (PSDB-MT), Aloizio Mercadante (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Inácio Arruda (PCdoB-CE)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Pedro Simon (PMDB-RS), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Efraim Morais (DEM-PB), Romeu Tuma (DEM-SP), Marisa Serrano (PSDB-MT), Aloizio Mercadante (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Inácio Arruda (PCdoB-CE)
Deputados
Cezar Schirmer (PMDB-RS), Dr. Rosinha (PT-PR), George Hilton (PP-MG), Max Rosenmann (PMDB-PR), Cláudio Diaz (PSDB-RS), Geraldo Resende (PPS-MS), Germano Bonow (DEM-RS), Beto Albuquerque (PSB-RS)e José Paulo Tóffano (PV-SP)
Cezar Schirmer (PMDB-RS), Dr. Rosinha (PT-PR), George Hilton (PP-MG), Max Rosenmann (PMDB-PR), Cláudio Diaz (PSDB-RS), Geraldo Resende (PPS-MS), Germano Bonow (DEM-RS), Beto Albuquerque (PSB-RS)e José Paulo Tóffano (PV-SP)