Arrancar na frente não garante vantagem ao PT
- Posted by: Ass. Imprensa
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Correio do Povo – Porto Alegre, 1/11/2009
O PT foi o primeiro entre os partidos a definir quem será seu candidato ao governo do Estado em 2010 e, desde antes das eleições municipais do ano passado, encaminha tratativas no sentido de consolidar alianças para o pleito do próximo ano. Os petistas também tem como certa a ocupação de uma das vagas na disputa ao Senado pelo senador Paulo Paim. Além disso, o candidato da sigla ao governo do Estado, o ministro da Justiça, Tarso Genro, que mantém posição confortável nas pesquisas de intenção de votos, pretende se afastar do atual cargo em breve para poder se dedicar desde logo à campanha. São várias as etapas do processo pré-eleitoral que o PT cumpriu antes dos adversários e, como se diz entre os que fazem política, o partido arrancou na frente. Mas o que era para ser uma vantagem não tem surtido o efeito desejado.
Até agora os petistas não conseguiram de fato encaminhar coligações, sejam elas com aliados tradicionais ou aquelas denominadas "heterodoxas". Mais do que isso, correm o risco concreto de que elas não venham a ocorrer. "Temos uma proposta formal de composição com PDT, PSB e PCdoB e gostaríamos de abrir uma conversação com o PTB a partir do momento em que decidirem sair do governo", afirma Tarso, referindo-se às resoluções aprovadas pelo encontro estadual do partido realizado em julho.
No encontro petista, foram aprovadas duas resoluções: a de priorizar PDT, PSB e PCdoB na política de alianças e outra, a que gerou mais polêmica, abrindo a possibilidade de diálogo com o PTB. Na prática, o PDT – com quem o presidente estadual do PT, o ex-governador Olívio Dutra, encaminhou negociações durante todo o ano passado e parte deste ano – aguarda por uma definição do PMDB. Como nos bastidores as lideranças de todos os grandes partidos já dão como certo que o candidato peemedebista será o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, o PT sabe que suas chances de fechar uma aliança com o PDT diminuíram bastante.
O PSB tem uma candidatura na rua, a do deputado federal Beto Albuquerque, que se apresenta justamente como uma alternativa aos candidatos do PT e do PMDB e que tem mantido conversações intensas com uma gama de partidos que abrange PC do B, PDT, PTB, PP, PPS, PSC e PV. "O meu nome está posto e seria hipócrita da minha parte dizer que não quero ser candidato", resume Beto.
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