Artigo – Jornada da tecnologia
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Correio do Povo – Porto Alegre, 26/10/2009
A Jornada Nacional de Literatura, cuja 13 edição será aberta neste dia 26, em Passo Fundo, com a presença do ministro da Educação Fernando Haddad, é um patrimônio do qual gaúchos e brasileiros de todos os recantos devem se orgulhar. Num país onde a educação – ou a falta dela – é uma preocupação constante, temos a nosso alcance este evento, que se tornou, desde 1981, uma das mais importantes bandeiras pela busca incansável da formação de leitores.
Nesta batalha não há limite de idade, classe social, raça, gênero ou credo. Há exatos 28 anos a Jornada, responsável por dar ao município de Passo Fundo o título de Capital Nacional da Literatura, atrai para as já tradicionais lonas coloridas milhares de brasileiros na direção daquilo que é o maior legado de um governo ou de uma família: a educação e a cultura.
Promovidas pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e pela prefeitura local, com o entusiasmo contagiante da professora Tania Rösing, as jornadas literárias criaram uma identidade própria. Mesmo assim, ao longo de quase três décadas, têm tido também a preocupação de se adaptarem à evolução dos tempos. Os desafios das novas tecnologias são perfeitamente atendidos por este evento, que já tem lugar de honra no calendário cultural do país.
Um dos grandes diferenciais é o fato de a Jornada oferecer ferramentas que possibilitam a interatividade de seus visitantes, principalmente das crianças que participam da Jornadinha Nacional de Literatura, este ano na 5 edição. Jovens, adultos de todas as idades e profissionais dos mais diferentes segmentos têm acesso rápido a informações. Televisores, computadores, celulares e palm tops ampliam as funções da Jornada e seduzem de forma rápida leitores e espectadores.
O delicioso movimento de virar as páginas de um livro para degustar a agradável leitura de um bom texto agora pode ser complementado com a leitura de textos eletrônicos. Apenas complementado. O manuseio de mouses ou controles remotos – símbolos dos tempos modernos – não substitui os livros impressos, razão da existência da Jornada de Literatura.
Ao agregar tecnologia ao tradicional binômio educação e cultura, a Jornada avança nos tempos e coloca como tema central "Arte e Tecnologia: Novas Interfaces". Este será o foco orientador dos debates que, a partir desta semana, serão travados no Circo da Cultura, no campus da UPF. Quase chegando aos 30 anos, esta genuína feira da cultura mostra que está madura e consolidada. É será responsável pela disseminação do gosto pela leitura de nossas gerações e contribuirá para o avanço ainda mais rápido de nosso Brasil. E assim, Passo Fundo é, cada vez mais, a Capital Nacional da Literatura.
por Beto Albuquerque, deputado federal PSB/RS.
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