Beto Albuquerque defende criação da Biobrás em conferência na ONU
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 4/7/2008
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) defendeu nesta quinta-feira, em Nova Iorque (EUA), a criação de uma empresa pública dedicada à gestão dos recursos da biodiversidade do país. A Biobrás, como seria denominada, cumpriria papel semelhante ao desempenhado pela Petrobrás no setor de combustíveis, explicou o deputado em painel sobre desenvolvimento sustentável, durante a Conferência Anual do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOG). "Se o Brasil não tiver essa iniciativa, outros a terão, de olho nas riquezas naturais de valor incalculável que possuímos", justifica. O evento reúne representantes de mais de 2 mil ONGs de 80 países.
Na conferência, Beto Albuquerque reforçou a proposta do presidente Lula de criar um fundo com base em doações para financiar ações em defesa da Amazônia; defendeu o programa de produção de biocombustíveis no país; e expôs os cinco desafios da atual gestão: reversão do desmatamento e do déficit de plantio de florestas com fins produtivos, ampliação das áreas com manejo florestal, redução do impacto das mudanças climáticas e produção sustentável.
O deputado afirma que as políticas ambientais do governo federal têm produzido bons resultados. Ele citou como exemplo o cadastramento de áreas de florestas públicas, realizado em 2007, pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB). A primeira versão do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) já apresenta 193 milhões de hectares de áreas identificadas, a maior parte na Amazônia – o que representa 22% do território nacional. "Esse é um trabalho fundamental para que o Estado recupere o controle sobre grandes áreas públicas, muitas ocupadas por grileiros", explica. Outro exemplo citado por Beto Albuquerque é o plano anual de outorga florestal da União, o PAOF-2007/2008, que contém a descrição de todas as florestas públicas federais a ser submetidas a processos de concessão para atividades sustentáveis. O primeiro processo de concessão começou em 2007, numa área de 96 mil hectares, localizada na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. Quatorze empresas disputam com propostas e vencerão as que tiverem maior benefício social, menor impacto ambiental, maior eficiência e maior agregação de valor local.