Beto defende decreto e classifica sistema como escandaloso
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 11/10/2008
Apesar da posição contrária do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público de Contas, que alegam que o decreto não foi oportuno, o deputado federal apoiou a decisão da Governadora Yeda Crusius, mas salientou que a medida poderia ter sido adotada anteriormente.
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) se mostrou favorável ao decreto de emergência no sistema prisional, anunciado pela governadora Yeda Crusius, nesta semana, com o objetivo de acelerar a construção de sete penitenciárias no Estado, em 2009. Entre elas a de Passo Fundo. Beto disse, porém, que já alertava há bastante tempo o ex-secretário de segurança, delegado José Francisco Malmann, que essa medida poderia ser tomada e que poderia ser uma boa saída para o impasse nas obras, muitas delas projetadas há mais de cinco anos mas que ainda não saíram do papel. O deputado também falou sobre a situação do sistema prisional no Estado, classificado por ele como sendo "um escândalo, um absurdo, uma falta de vergonha com o ser humano". Para ele, "o sistema prisional gaúcho não traz segurança para ninguém, nem para quem tá lá dentro muito menos para quem está do lado de fora". Beto frisou que a situação de emergência demonstra uma realidade vivida nas cadeias gaúchas.
O deputado aproveitou para criticar a postura do Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas, que contestaram a decisão do governo porque entendem que a medida não vai abrir vagas imediatamente, como anunciado, e também porque não haveria como fugir de uma licitação, o que iria atrasar as obras e terminar com os planos do Estado. "Essa é uma postura de pessoas que não estão tendo uma visão generosa e realista do processo. Seria bom que os conselheiros dos tribunais fizessem uma caminhada pelos presídios para verem o que acontece de verdade, ao invés de ficarem dentro de um escritório em Porto Alegre olhando e opinando sobre as condições das cadeias". Dessa forma, para ele, com o apoio ao decreto seria mais fácil que as tratativas mostrassem resultados para que as obras comecem de fato.