Um dos idealizadores da Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul), o deputado Beto Albuquerque (PSB), advertiu em discurso no Plenário da Câmara sobre o risco que a instituição está correndo no governo Rigotto. Para Beto, a atual reitoria da Uergs trabalha para impedir a sua consolidação. Estão sendo fechados oito cursos e várias cidades foram excluídas da área de atuação da Universidade. "As contas da universidade são mais importantes que o ensino e a pedagogia. Para economizar R$ 15 mil, a reitoria submete estudantes ao contato com pacientes psiquiátricos como se fosse uma medida adequada", criticou. Além de uma nova orientação de ensino, Beto defende a realização de eleições para reitor e concurso público. Visão economicista
Passo Fundo, onde começou a luta há quase 20 anos, teve cancelado o vestibular da Uergs, desde o primeiro ano do atual governo. O curso de Engenharia de Alimentos está extinto. Na sua avaliação, é preciso sempre renovar o compromisso com a educação pública e de qualidade. "É o que fazemos no governo federal, por exemplo, com a criação da Universidade do Pampa, uma iniciativa que ampliará o acesso ao ensino público no Estado. É lamentável que em relação à Uergs a realidade seja diferente. O ensino, mais uma vez, é tratado com visão economicista", denunciou o deputado Beto Albuquerque. Ao invés de crescer e ampliar sua presença na maior parte do Estado, a Uergs reduziu o número de vagas: 560 a menos em relação ao ano passado são ofertadas no vestibular deste ano.
