Beto vê retorno ao Colégio Eleitoral

Jun 14 2007
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O Sul – Porto Alegre, 14/6/2007

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB) critica a chama lista pré-elaborada para as eleições proporcionais.

Clésio Boeira – A cada dia surge nova faceta triste do arremedo de reforma política em debate no Congresso Nacional. Contrário ao voto em lista pré-elaborada, o deputado federal Beto Albuquerque, do PSB gaúcho, alerta que os grandes partidos querem abocanhar a maior parte dos recursos do financiamento público de campanha. “É a volta aos tempos voto indireto”, disse, falando a uma rádio de Porto Alegre. O voto indireto existiu no período militar. Parlamentares elegiam o presidente e os governadores, surrupiando o direito democrático do povo. “Isso não é reforma”, emendou. Beto tem razão. É mesmo necessário desconfiar de uma reforma com respaldo da esquerda e da direita, com exceções honrosas. As alterações não passam de garantia de novo dinheiro público a cada partido e mandato e imunidade quase permanentes às velhas raposas. Transita na Câmara dos Deputados, assim, o que se pode chamar de estatização de campanha eleitoral e concentração de recursos públicos nas mãos de quatro ou cinco partidos. Os demais morrerão à míngua, apesar do direito à livre organização política no Brasil.