Bloco de 6 partidos prepara nomes para 2008
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Gazeta Online, 14/05/2007
Brasília. O Bloco de Esquerda, frente formada por seis partidos, sem o PT, lança um manifesto no dia 22 de maio, e já decidiu que terá candidatos próprios em quase todas as capitais do país. O manifesto do bloco, formado por PSB, PC do B, PDT, PMN, PAN e PHS, será a espinha dorsal para um programa eleitoral futuro. Nos bastidores, um mapa eleitoral preliminar começou a ser construído.
De acordo com cálculos iniciais dos partidos do bloco, haverá candidaturas próprias em pelo menos 19 capitais do país, entre elas Vitória. As outras sete (Salvador, Recife, Fortaleza, Macapá, Belém, São Luís e Belo Horizonte) são classificadas como "críticas" por não haver acordo dentro do próprio bloco ou porque há alianças muito sólidas com o PT.
"Teremos candidatos competitivos nos 120 maiores municípios do país, fora as candidaturas simbólicas. Temos problemas em alguns lugares, mas haverá consenso no momento certo", garantiu o líder do PSB na Câmara, deputado Márcio França (SP). "O bloco veio para ficar", disse.
Em algumas das grandes capitais, o bloco chega a ter três potenciais candidaturas. Em São Paulo, são cogitados Aldo Rebelo (PCdoB), Luiza Erundina (PSB) e Paulo Pereira da Silva (PDT), da Força Sindical.
No Rio de Janeiro, aparecem Jandira Feghali (PC do B), Miro Teixeira (PDT) e a possibilidade de uma aliança com Marcelo Crivella, do PRB, partido próximo ao bloco.
Em Porto Alegre, despontam os nomes de Manuela d'Ávila (PCdoB), Beto Albuquerque (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).
Apoio a Lula . O manifesto do bloco reafirma o compromisso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a minuta do "programa comum", submetida a ajustes finais, o grupo reitera a tarefa de "apoiar e aprofundar" o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"No documento, reforçamos o apoio ao presidente Lula, não ao PT. Simbolicamente, estamos consolidando nossa posição como força política", disse Márcio França.
Na Grande Vitória, projeto inclui PT
Gabriela Rölke
grolke@redegazeta.com.br
Embora o Bloco de Esquerda planeje candidaturas próprias na maioria das capitais, em Vitória o grupo não deve oferecer nenhum obstáculo para o projeto do PT de trabalhar pela reeleição do prefeito João Coser. A expectativa do PSB e do PDT locais, os dois maiores partidos do bloco, é de que as negociações aqui no Estado incluam o PT.
"Cada cidade tem as suas peculiaridades", explica o secretário-geral do PSB regional, Odmar Péricles. "Na Capital e na Grande Vitória, existe um ajuste entre esses partidos que inclui o PT", diz. Ele lembra que os partidos que compõem o Bloco de Esquerda e o PT já estão juntos nas administrações de Vila Velha, Vitória e Serra. Em Cariacica, apenas o PDT ficou de fora da aliança. "A realidade daqui nos leva a caminhar com o PT", diz.
O presidente regional do PDT, Sérgio Vidigal, esclarece que o partido ainda não discutiu o assunto, mas também reforça as relações de proximidade entre os partidos que compõem o bloco e o PT. "O assunto ainda não foi discutido, mas por aqui o bloco pode até incluir o PT", diz.
Como o bloco nasceu
Origem. O bloco nasceu de uma união parlamentar para apoiar o então candidato Aldo Rebelo (PC do B-SP) na disputa pela presidência da Câmara contra Arlindo Chinaglia (PT-SP). Durante o embate, travado dentro da base de apoio governo, o petista acabou conquistando o apoio do gigante PMDB e venceu o confronto, provocando fissuras na tradicional aliança.
Sem risco. O distanciamento em relação ao PT não significa, no entanto, riscos à atual coalizão partidária.
"Bloquinho". O plano para a formação do bloco de esquerda, chamado de "bloquinho" no Congresso, sobretudo por integrantes do PT, que não vêem viabilidade política na aliança, resgata uma proposta política de 1989, quando a coligação Frente Brasil Popular lançou Lula à Presidência. Apesar da derrota, o desejo de conquistar espaços, já protagonizados pelo PT, começou a ser alimentado.
Tamanho. Formalmente, o bloco de esquerda tem a representação de cinco governadores, 78 deputados federais e oito senadores.