Correio do Povo – Porto Alegre, 12/9/2009 Deputado federal socialista diz que prefere concorrer à Presidência, mas partido decidirá o seu futuro
Em passagem pelo Estado para receber a medalha Mérito Farroupilha, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) garantiu ontem à noite, no Galpão Central do Acampamento Farroupilha, que pretende concorrer à Presidência. 'Eu quero ser presidente do Brasil. Já fui candidato ao Planalto em condições muito mais hostis. Me sinto mais maduro e experiente', afirmou. Considerado um forte candidato ao Palácio do Planalto, Ciro reconheceu que aprendeu com os erros cometidos em outras eleições. Apesar de reafirmar seu desejo de concorrer ao Planalto, Ciro não descartou a possibilidade de disputar o governo de São Paulo. 'O partido é quem deverá decidir se vou concorrer à Presidência ou ao governo de São Paulo', destacou.
O deputado comentou ainda a sua presença constante ao lado do presidente Lula na ausência da ministra Dilma Rousseff. 'Tenho uma imensa afeição por ela, mas não quer dizer que não possamos nos confrontar como candidatos', frisou. A última pesquisa da CNT/Sensus, divulgada na semana passada e que colocou Ciro Gomes em terceiro lugar em duas situações, também foi alvo de críticas do parlamentar. 'A pesquisa da CNT/Sensus vale tanto quanto uma nota de três reais', disparou. Segundo Ciro Gomes, há outras pesquisas que podem ser valorizadas e servir de parâmetro para aferir as candidaturas à Presidência.
Sobre a crise política no Estado, Ciro Gomes reiterou o que disse em seu discurso. 'O Palácio Piratini é uma usina de destruição de lideranças', ressaltou. Ciro citou alguns ex-governadores gaúchos que estão distantes da política, como Antônio Britto, Olívio Dutra, Alceu Collares e Germano Rigotto. 'Vejo com muita preocupação a situação política do Estado', acrescentou. De acordo com Ciro, o Rio Grande do Sul é o estado mais debilitado do país, no que diz respeito a questão fiscal e financeira. 'Os gaúchos sofrem com o garroteamento fiscal', salientou.
