Deputado faz roteiro pelo Estado e elogia a candidatura de Manuela D'Ávila à prefeitura de Porto Alegre
O deputado federal Ciro Gomes, PSB, chegou ontem à Capital gaúcha para uma série de atividades de apoio ás candidaturas do seu partido, em cinco cidades: Porto Alegre, São Leopoldo, Cachoeirinha, Esteio e Campo Bom.
Acompanhado pelo deputado federal e colega de partido Beto Albuquerque, Ciro deu início à agenda com uma entrevista coletiva no comitê central da campanha de Manuela D’Ávila (PCdoB), no bairro Floresta.
Logo após, integrou caminhada pela Rua da Praia e em seguida participou da inauguração do comitê do PSB, na Rua Fernandes Vieira. A agenda de apoio a candidata inclui ainda a participação no lançamento de seu programa de governo, na sexta-feira às 11horas.
“Vim dizer: não tenham medo. Manuela está pronta e poderá corresponder a qualquer exigência”, afiançou.
Durante a coletiva, Ciro elogiou várias vezes a candidatura da comunista. Disse que uma das razões para seu entusiasmo é o fato de Manuela ser “jovem, bem formada e perceber asa contradições da política”. Na opinião do deputado, a candidatura “traz a percepção de que o conservadorismo político, mesmo de uma certa esquerda, já não corresponde mais”, e criticou a postura de quem condena a aliança firmada na disputa.
“Não é possível que a coligação do PCdoB com o PPS em Porto Alegre seja errada, enquanto do outro lado da ponte (na cidade de Guaíba), o PT esteja certo ao se aliar ao mesmo partido”, comparou.
Ciro também comentou o projeto de reforma política enviado ontem ao Congresso. Segundo ele, é pouco provável que a proposta avance. “Da forma como os mais esclarecidos em política imaginam, não vai acontecer”, profetizou.
Na sua opinião, pesa sobre uma possível decisão dos deputados e senadores, o fato de eles terem sido eleitos no atual sistema. “Em nome de que a representação política eleita pela inconstitucionalidade vai mudá-la? Não muda. Nem uma constituinte, poderia até se tentar, mas não creio que seja isso”.
Ele sugere que as alterações sejam feitas com base no debate de temas relacionados ás mudanças, mas não nos contidos no projeto entregue.
“É preciso métodos que atenuem a influência da safadeza, da corrupção, da roubalheira. Que aperfeiçoem a relação do dinheiro com a política. Assim como uma instituição que diminua o profundo hiato, quase abismo, entre a promessa na eleição e o dia-a-dia. Isso é o que o povo quer uma reforma política”, afirmou.
Sobre a disputa em 2010, disse que há preocupação em relação ao fato de os “atos bons” do governo Lula “não serem institucionais” e dependerem, organicamente da figura do presidente. “É isso que vai estar em jogo: institucionalizar esses avanços e aperfeiçoar um punhado de debilidades e omissões”.
Ainda na noite de ontem, estava programado que o deputado iria a São Leopoldo para participar de atividades junto ao candidato à reeleição Ary Vanazzi (PT) e o vice Alexandre Roso (PSB).
Hoje pela manhã, Ciro estará em Cachoeirinha apoiando o candidato a prefeito do PSB, Vicente Pires. À tarde vai a Esteio reforçar a campanha do também socialista Vanderlan Vasconselos, e à noite, à Campo Bom onde se encontra com o candidato a prefeito do PSB, Vicente Selistre.
