Defende que bloco formado por PSB, PDT e PC do B no Congresso concorra na sucessão à prefeitura
O deputado federal Ciro Gomes, do PSB, defendeu ontem, em visita ao Rio Grande do Sul, que o bloco formado por seu partido com o PDT e o PC do B, em atuação no Congresso Nacional, seja reproduzido em aliança para disputar a sucessão à Prefeitura de Porto Alegre, ano que vem. Reconheceu, porém, a fragmentação dos partidos e a grande quantidade de pré-candidatos expressivos como obstáculo a ser vencido. Ciro disse acreditar que a necessidade de compor candidatura nacional levará os comandos partidários a mediar negociação para estabelecer chapa. Citou, como pré-candidatos, os deputados federais Beto Albuquerque, do PSB; Manuela D'Ávila, do PC do B; e Vieira da Cunha, do PDT. 'Se esses parlamentares não se unirem em uma mesma candidatura, pelo menos elas precisam ser construídas conjuntamente', destacou. Ciro não descartou que sejam atraídos à composição o PT e o PPS.
Ao avaliar o cenário da sucessão nacional, destacou, como fato determinante, a inexistência de 'um novo Lula'. Disse que suas duas tentativas de chegar ao Planalto e a experiência de integrar o Ministério completaram o conhecimento que precisava para voltar a concorrer em 2010. 'Hoje, vejo que não era suficientemente maduro e a convivência com o presidente Lula me ensinou muito', disse. Negou, porém, ser favorito do presidente como sucessor do Planalto. 'Ainda penso que o candidato de Lula será do PT e sua viabilidade acabará definida pelo desempenho do governo na reta final', avaliou. Em Porto Alegre, Ciro almoçou com dirigentes políticos do bloco, formado também por PMN, PHS e PRB. Ainda se encontrou com o presidente estadual do PT, Olívio Dutra. No final da tarde, visitou a direção da Caldas Júnior, onde foi recebido pelo presidente Jeronimo Alves Ferreira, pelo vice Luiz Cláudio Costa e pelo diretor de redação, Telmo Flor. À noite, fez palestra na Assembléia sobre desenvolvimento.
