Câmara aprova FGTS, mas governo pode vetar
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A Tribuna – Mato GrossoA Tribuna – Mato Grosso, 29/6/2006
Câmara aprova FGTS, mas governo pode vetar
Pode ficar mais caro para a classe média contratar empregados domésticos. A Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite a Medida Provisória 284 que permite ao empregador descontar do Imposto de Renda a contribuição previdenciária referente ao salário do empregado – até o limite de 12% de um salário mínimo. Mas, o que seria um incentivo para a formalização desse tipo de emprego acabou criando uma despesa adicional. Ao mesmo tempo em que permitiu o desconto, como queria o governo, a Câmara tornou obrigatório para os patrões o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em favor do empregado. O recolhimento ao FGTS corresponde a 8% do salário do empregado e, de acordo com o projeto, os domésticos também passam a ter direito à multa de 40% do saldo acumulado no fundo no caso de demissão sem justa causa.
Permanecem como novos direitos dos trabalhadores domésticos o salário-família, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – atualmente opção do empregador -, o seguro-desemprego e a estabilidade no emprego para a gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses depois do parto.
A MP, que já passou pelo Senado Federal, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder interino do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), não sabe ainda se o governo vai vetar essa parte do projeto. Ele teme que o incentivo criado para que milhares de empregados domésticos passassem a ter a carteira assinada acabe sendo anulado pela obrigatoriedade do pagamento do FGTS.
"A meta era produzir um incentivo mas, se são criadas novas obrigações, temos de ver se o incentivo permanece", disse o líder. Na opinião do deputado há uma contradição entre permitir o desconto da contribuição previdenciária no IR e tornar obrigatório o recolhimento do FGTS.