Comércio de bebidas alcoólicas só na área urbana das rodovias

May 31 2008
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Tribuna Catarinense, 31/05/2008
A medida, aprovada pela Câmara, prevê punições mais severas ao motorista embriagado.

A Câmara dos Deputados rejeitou na tarde da última terça-feira (27), a proposta aprovada pelo Senado que liberava a venda de bebida alcoólica em todas as rodovias federais do País. Os senadores modificaram o texto, enviado pelos deputados, no último dia 20. Por este motivo a Medida Provisória (MP) retornou à Câmara para ser apreciada pelos deputados, que vetaram o comércio de bebidas nas zonas rurais. O projeto de liberação permanece para as rodovias federais nas áreas urbanas. A mudança na MP do álcool será encaminhada agora para sanção presidencial.
O relator da Medida Provisória, Hugo Leal (PSC-RJ), foi contrário à decisão do Senado de liberar a venda de bebidas em todas as rodovias federais. No texto original, a MP proibia o comércio de bebidas nas rodovias federais que estivessem nos perímetros das áreas urbanas e rurais.

Álcool Zero

A aprovação da medida contém um item chamado "Álcool Zero", que prevê que o motorista não pode ser flagrado com nenhum teor alcoólico na corrente sanguínea. Caso a medida seja sancionada pelo presidente Lula, o motorista que for autuado por embriaguez, vai ter a carteira suspensa por um ano, além de pagar multa. A lei, atualmente, pune os motoristas que dirigem com mais de seis (6) decigramas de álcool por litro de sangue.

O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo, aprovou o fato de a MP conter o item "álcool zero". De acordo com o deputado, o foque foi mudado: ao invés de se punir os comerciantes, serão punidos os motoristas, não importando em quais vias públicas eles se encontram.

A opinião dos moradores
Os moradores de Balneário Camboriú emitiram a sua opinião sobre a liberação da venda de bebidas alcoólicas em vias federais.

.Rosa Costa – Vendedora
"Essa é uma questão muito difícil, vai da consciência de cada um! Tem que haver liberdade, porém falta conscientização".

Elton Graebner – Farmacêutico
"Eu sou a favor da liberação. O cidadão bebe em casa e depois vai para as ruas de qualquer maneira. Estamos vivendo uma ditadura".

Altair Silveira – Comerciante
"Como o povo não é consciente, deveriam proibir. Eu, quando dirijo, tenho preocupação com os outros. Falta conscientização!".

Caroline Freitas – Advogada e Professora
"Eu acho que poderia ser liberado, porém a população não tem consciência. A multa e a fiscalização deveriam ser mais rigorosas".

Adriana Fernandez de Souza – Empresária
"Tem que liberar, não adianta nada proibir e as pessoas levarem bebidas atrás do carro. Deveriam fiscalizar mais".

* Ricardo Zanon