Conversas com aliados
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Correio Braziliense
O trabalho teve início já nesta semana, quando Lula recebeu o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ) e o líder do partido na Câmara, José Múcio (PE). Na segunda-feira, Lula, juntamente com o vice-presidente José Alencar, recebem o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Logo depois, será a vez do líder do PSB na Câmara, deputado Renato Casagrande (ES), do vice-líder do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) e do ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos.
Com este gesto, Lula espera ganhar a confiança da base aliada e garantir os votos necessários à aprovação dos projetos de interesse do governo. Tratando pessoalmente com os líderes e presidentes de partido, Lula acredita numa melhor relação com a base aliada. Em todos os encontros, estará presente o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Após resistir a pressão do PT para demitir Aldo, Lula pretende fortalecer o ministro, mas ao contrário do ano passado, terá o cuidado de respaldá-lo pessoalmente ao participar dos encontros políticos.
Coordenação política
Outro sinal de que o presidente Lula dará mais atenção à articulação política é a retomada das reuniões da Coordenação Política. O encontro, que acontece toda segunda-feira pela manhã, não ocorreu nas duas últimas semanas. Pressionado pelos aliados para concluir a reforma, Lula evitou reunir o núcleo da articulação política.
Agora, com o fim da reforma e a permanência de Aldo, as reuniões serão retomadas. Nos últimos dois anos, o presidente Lula pouco se dedicou a fazer política pessoalmente com os parlamentares, tarefa que nunca lhe agradou. Mas agora, Lula tem dado mostras que mudará de estilo.
Lula deu-se conta que a atual estrutura, com a permanência de Aldo Rebelo na Coordenação Política, e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na liderança do governo, não será suficiente para evitar novos fracassos. Será preciso um empurrão presidencial para que a máquina funcione. O próprio Aldo deixou claro ao presidente que sua presença nas articulações é fundamental para que o governo tenha êxito nas votações no Congresso. (SL)