A criação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), prevista na política industrial do governo federal, será tema de uma reunião em Brasília, hoje, entre o relator do projeto de lei, deputado Beto Albuquerque, e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Sebrae Nacional. Segundo o relator, a previsão é de votação ainda esta semana pela Câmara. Planejada como um pilar da política industrial, a constituição da ABDI esbarra em um problema, objeto das reuniões em andamento com as entidades empresariais. É que ela será financiada por uma fatia das contribuições sobre a folha salarial das empresas, recolhida pelo INSS, mesma fonte de recursos do Sebrae Nacional e da Apex-Brasil. Gira em torno de R$ 1 bilhão. A questão é vestir um santo sem despir outro. A saída analisada é a redução da remuneração do INSS pelo gerenciamento dos repasses. De acordo com Beto Albuquerque, esse custo deverá cair dos atuais 3,5% para 1,5%. Ao Sebrae caberão 84% dos recursos. À Apex, mais de 11%. À ABDI, o restante.
