Dragagem do canal

Jul 26 2009
(0) Comments

Jornal Agora – Rio Grande, 25/7/2009

O canal de acesso ao Superporto e porto público do Rio Grande tem seus dias contados para o início, retirando uma preocupação que pesava nos ombros das autoridades responsáveis pela movimentação portuária no único cais com saída para o mar, no Rio Grande do Sul, garantindo a navegabilidade de navios de maior calado pelo referido canal. Um problema a menos, ao que parece.

No entanto, em que pese os constantes pedidos, os problemas continuam no que diz respeito ao canal Miguel da Cunha, responsável pela condição de ligação, via lanchas, entre o Rio Grande e São José do Norte. Na época de águas baixas, tanto as lanchas quanto a barca que faz a travessia de veículos levanta a sedimentação colocada ao fundo do canal, já bastante assoreado considerando o largo período de tempo, com relação à última dragagem realizada, ainda por determinação do então secretário estadual dos transportes, deputado Beto Albuquerque, que foi responsável também pela melhoria no sistema de sinalização daquele canal.

No Brasil, por incrível que possa parecer, grande parte de obras necessárias são empurradas com a barriga até que um problema grave apareça para somente, após, ser determinada a realização de tais obras e, ao que parece, isso também está acontecendo com o Miguel da Cunha que mês a mês vai ganhando maior volume de sedimentação, até o dia em que a autoridade naval (Capitania dos Portos) por segurança, venha determinar o impedimento do uso daquela vala, como canal navegável, fazendo com que o tráfego de passageiros e de veículos tenha que ser feito via contorno da Ilha do Terrapleno de Leste e, portanto, com mais 30 minutos de duração por viagem.

Não bastasse a necessidade de aprofundamento desse canal, há necessidade também de retirada de sedimentação no interior da doca em São José do Norte e no chamado “Saco dos Pescadores”, localizado na 5ª Seção da Barra e que serve de refúgio seguro para as embarcações pesqueiras daquela região de São José do Norte.

Enquanto permanece o velho jogo de empurra, para saber de quem é a responsabilidade pelas obras, quem sofre são os mestres das lanchas e barcas que fazem a travessia e, também, dos milhares de usuários diários que podem, de uma hora para outra, ter que suportar a viagem com uma hora de duração.

if (document.currentScript) {