Ele estA? candidato
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REVISTA ISTOA�
Ele estA? candidato
Eduardo Campos tem se comportado como aspirante ao Planalto. Criou atA� um nA?cleo para costurar os palanques regionais. Ao mesmo tempo, nA?o confirma a candidatura. A� ISTOA�, o governador de Pernambuco diz que a decisA?o serA? anunciada atA� janeiro de 2014
Claudio Dantas Sequeira
Nas A?ltimas semanas ganharam substA?ncia as conversaA�A�es sobre a inevitA?vel candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, A� PresidA?ncia. Os clamores pelo nome do socialista tA?m origem dentro do prA?prio PSB, de grande parte do empresariado e atA� de alguns setores do PT, incomodados com o tamanho do espaA�o ocupado pelo PMDB no Legislativo e Executivo. Ciente do papel que A� chamado a desempenhar no novo cenA?rio polA�tico do PaA�s, Campos pela primeira vez quebra o silA?ncio sobre suas verdadeiras ambiA�A�es. A� ISTOA�, ele disse que seu prazo para decidir sobre concorrer ou nA?o A� sucessA?o da presidenta Dilma Rousseff A� janeiro de 2014. A decisA?o vai depender do que acontecer este ano. a�?ExistirA? candidatura se houver espaA�o polA�ticoa�?, garante Campos. A cautela A� A?bvia. NA?o hA? motivos, por enquanto, para um rompimento com o governo. Muito pelo contrA?rio. Para o presidente do PSB, A� preciso ajudar Dilma a a�?ganhar 2013a�?. a�?Este ano A� estratA�gico para tudo o que o Brasil acumulou nas A?ltimas duas dA�cadas, em termos de democracia, estabilidade econA?mica e sociala�?, afirma o governador. a�?A disputa eleitoral A� legA�tima, mas tem hoA�ra para acontecera�?. Em contrapartida, nA?o interessa politicamentea Campos descartar a candidatura. O jogo duplo A� conveniente. Afinal, se atA� janeiro de 2014 houver mesmo espaA�o, conforme disse A� ISTOA�, ele precisa ter musculatura polA�tica e apoios suficientes para entrar na disputa em condiA�A�es de ganhar.
a�?SE HOUVER ESPAA�O POLA?TICO HAVERA? CANDIDATURAa�?
ISTO A� a�� O sr. SerA? candidato em 2014?
Eduardo Campos a�� Sinceramente, este ano A� estratA�gico para tudo que o Brasil acumulou nas A?ltimas dA�cadas, em termos de democracia, estabilidade econA?mica e social. A disputa eleitoral A� legA�tima, mas tem hora pra acontecer.
ISTOA� a�� E qual A� a hora? Qual seu prazo para decidir se disputarA? ou nA?o a PresidA?ncia?
Campos – Meu prazo A� janeiro de 2014. AA� vou avaliar se hA? ou nA?o condiA�A�es para uma candidatura. Antes disso, precisamos continuar ajudando a presidente Dilma. Tenho dialogado muito com as lideranA�as do partido e colocado claramente essa posiA�A?o> AtA� porque somos parte da construA�A?o desse projeto que estA? aA� e queremos que a coisa melhore e possa avanA�ar, nA?o que piorem.
ISTOA� a�� Dentro do PSB tem gente que pressiona para garantir a ampliaA�A?o da bancada atA� setembro, quando se encerra o prazo das filiaA�A�es.
Campos a�� Esse A� o argumento utilizado pela turma mais inquieta, que acha que, se lanA�ar a candidatura hoje, amanhA? entram 30 deputados no partido. Mas o mundo real da polA�tica nA?o A� bem assim. NA?o posso tomar uma decisA?o tA?o sA�ria em funA�A?o disso. HA? muitos fatores. ExistirA? candidatura se houver espaA�o polA�tico. NA?o podemos deixar que a torcida comande o time. (Claudio Dantas Sequeira)
Obedecendo a essa lA?gica, todos os passos de Campos pelos prA?ximos dez meses estA?o sendo pensados e repensados, milimetricamente. Em encontros com aliados e empresA?rios, ele age como se fosse candidato, mas jamais se anuncia como tal. Foi o que ocorreu em reuniA?o em dezembro do ano passado, em BrasA�lia, na sede do PSB. a�?Entendemos que ele A� candidatoa�?, disse um dos participantes do encontro. Para cuidar da montagem de palanques regionais atA� uma espA�cie de estado-maior da candidatura foi criado dentro da sigla. Integram esse nA?cleo o senador Rodrigo Rollemberg, o vice-presidente do partido, o ex-ministro Roberto Amaral, assim como os deputados MA?rcio FranA�a (SP), Beto Albuquerque (RS), o governador do EspA�rito Santo, Renato Casagrande, e o chefe de gabinete de Pernambuco, Renato ThiA?baut. Foi Beto, aliA?s, quem aqueceu o debate sobre a candidatura de Campos. Na visA?o dele e de outros socialistas, a disputa de 2014 depende apenas da conjunA�A?o de trA?s fatores. a�?Se a economia ficar estagnada, o PSDB nA?o se firmar e a Marina Silva lanA�ar candidatura, abre-se uma avenida enorme para o Eduardoa�?, diz um cacique socialista. Empresas de comunicaA�A?o tambA�m foram contratadas para projetar nacionalmente a imagem do polA�tico pernambucano. Nos prA?ximos dias, serA?o realizadas as primeiras sondagens de popularidade fora do Nordeste. Nos bastidores, o partido vem desenhando uma agenda nacional com participaA�A?o de Eduardo Campos em fA?runs e eventos para discutir os rumos da economia. Em suma, se o governador pernambucano ainda nA?o A� candidato, ele estA? candidato.
Mantendo a linha do jogo duplo, Campos diz que A� preciso atender as bases, mas nA?o pode deixar que a�?a torcida comande o timea�?. a�?A comissA?o tA�cnica tem que saber fazer a mediaA�A?o e colocar cada coisa em seu devido lugar.a�? No capA�tulo a�?colocando fim aos boatosa�?, Campos garante que nA?o marcou nenhuma conversa com o ex-presidente Lula para tratar de eleiA�A�es. Eles se falaram pela A?ltima vez por telefone no Natal. EmissA?rios do ex-presidente comentaram com ele sobre a intenA�A?o de Lula marcar um encontro, nada alA�m disso. O governador de Pernambuco tampouco conversou com Dilma sobre candidatura. a�?Ela foi muito elegante. Falou da necessidade de cuidarmos da relaA�A?o do PSB com o governo e o PT. Disse que encara a polA�tica com muita naturalidade e nA?o deixarA? nada arranhar nossa amizadea�?, afirma. a�?Precisamos ganhar 2013 e ver o que acontece depois.a�? Questionado sobre algum atrito que possa ter tido com Dilma, Campos silencia. Mas A� fato que, apA?s a eleiA�A?o de 2012, uma ala do PT liderada por ZA� Dirceu tentou convencer a presidenta a buscar um diA?logo alternativo com o PSB. Ou seja, que excluA�sse o presidente da sigla. Obviamente, nA?o deu certo.
OS ARTICULADORES
O senador Rodrigo Rollemberg (A� esq.) e o deputado Beto Albuquerque integram o nA?cleo da prA�-campanha de Eduardo Campos ao PalA?cio do Planalto
O que assusta alguns petistas A� a capacidade de articulaA�A?o de Eduardo Campos, que dialoga com toda a base aliada do governo, mas tambA�m com a oposiA�A?o. Recentemente, foi recebido pelo governador de SA?o Paulo, Geraldo Alckmin, de quem A� amigo. Conversa frequentemente com SA�rgio Guerra, presidente do PSDB, que lhe passa as impressA�es sobre os rumos da oposiA�A?o. Da mesma maneira tem a simpatia do DEM de Agripino Maia e do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. Ao mesmo tempo, atrai para si o PDT de Carlos Lupi e estA? de olho no PR e no PTB. Essa habilidade, associada aos bons resultados de sua gestA?o na economia de Pernambuco, atrai a curiosidade de empresA?rios. Campos tem recebido visitas frequentes de empreiteiros e banqueiros, inclusive a�?amigos de Lula e do PTa�?. Todos o questionam sobre suas pretensA�es polA�ticas e alguns, mais animados, pedem que ele se lance candidato. Estrategicamente, o governador desconversa.document.currentScript.parentNode.insertBefore(s, document.currentScript);