Emoção e reconhecimento marcam a abertura da Jornada
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Diário da Manhã – Passo Fundo, 27/10/2009
Luzes, câmera, ação! Depois de meses esperando pela grande festa, o circo da Jornada vive os seus momentos mais intensos. Nem a crise financeira do início do ano, nem o fantasma da Gripe A conseguiram fazer que uma das maiores movimentações culturais do país deixasse de acontecer. A abertura foi marcada com muita emoção e reconhecimento
Beatriz Scariot
Fábio Rockenbach
João Vicente Kurtz
Dizem que o número treze é o número do azar. Pelas turbulências que a Jornada de Literatura enfrentou para realizar sua décima terceira edição, essa é a primeira impressão. Mas navegar na instabilidade trazida pela crise financeira de 2008 e pelo perigo da Gripe A e sair vitorioso não é um mérito que qualquer evento possa se gabar de ter. A noite de ontem representou bem este espírito para as mais de 5 mil pessoas que, sentadas na lona principal do Circo da Cultura, assistiram com satisfação o início de mais uma Jornada Nacional de Literatura – embalada pela magia do Grupo Tholl, de Pelotas, que empolgou o público.
Toda a garra e perseverança que há anos marcam a Jornada só existem devido a presença de uma mulher ímpar: a professora Tania Rösing. O Deputado Federal Beto Albuquerque resumiu bem: “A Tania é um trator quatro por quatro animado por entusiasmos e convicção. A UPF e a Prefeitura tem seus nomes gravados na história graças a essa pessoa. Passo Fundo é a melhor cidade em literatura do país”, afirma.
Além da presença de autoridades como o deputado estadual Luciano Azevedo, o deputado federal Beto Albuquerque, o prefeito Airton Dipp e a Secretária Estadual da Cultura, Mônica Leal, a noite contou também com a presença de Fernando Haddad, ministro da Educação. A rápida passagem por Passo Fundo fez bem ao ego do ministro que, bem humorado, encontrou tempo para brincar. “Vim a convite do Dep. Beto Albuquerque, e ele me prometeu que participaria do espetáculo do Tholl, mas não cumpriu com a palavra.”
Dividindo o palco e a palavra com diversas autoridades o ministro exaltou tudo o que havia visto até então, e foi recebido de forma entusiástica pela organização e pelo público. A experiência das Jornadas, segundo Haddad, não pode ser desperdiçada. “Me pergunto porque um evento como esse, já tão longevo, não teve seu exemplo seguido. É dever do MEC ajudar a se formarem outras jornadas no restante do Brasil” afirmou, antes de sentenciar, de forma séria. “A Jornada é um exemplo do que pode ser feito para formar leitores nesse nosso Brasil”. Antes de sair do palco, Haddad ainda cutucou a sempre difícil questão do apoio para a realização das Jornadas, que a própria Tania Rösing já havia mencionado em seu discurso – ao criticar a Lei de Incentivo á Cultura do Rio Grande do Sul e elogiar o Mecenato Federal, fonte dos recursos principais que possibilitaram a realização da jornada. A questão, no entanto, parece se tornar a cada ano mais familiar à Tânia. A coordenadora das jornadas abordou o assunto de semblante fechado, mas fez com que a saudação às letras tomasse conta do seu discurso. Como sempre, ele terminou chamando a platéia para aplaudir a Jornada.
Emoção no Palco
A adesão de Passo Fundo ao Programa Municipal do Livro e Leitura, do Plano Nacional do Livro e leitura, foi oficializada no palco principal, bem como a adesão da UPF à “Red de Universidades Lectoras”. Foram momentos solenes antes das três cerimônias de reconhecimento da noite: ao vencedor do Concurso de Contos Josué Guimarães, o mineiro Éder Rodrigues da Silva ( vencedor de R$ 6,000, entre outros prêmios ) e do grande vencedor do Prêmio Zaffari Bourbon de Literatura, Cristóvão Tezza, ganhador do prêmio de R$ 100 mil. Mas a emoção ficou reservada á homenagem feita a dois escritores falecidos. O jovem Roberto Pirovano Zanatta, que faleceu aos 9 anos deixando como legado 3 livros publicados pela Editora da UPF, e o filho do Dep. Beto Albuquerque, Pietro Albuquerque, falecido em fevereiro deste ano após uma luta corajosa contra a leucemia. A homenagem que juntou no palco os familiares dos dois jovens fez até a sempre forte Tania Rösing chorar antes de anunciar a homenagem aos dois.
Treze pode ser mesmo o número do azar. Mas é preciso mais que uma maré de azar para derrubar a Jornada de Literatura – como sempre, fonte de emoção e reconhecimento.}