Ensino – Municípios disputam quem continuará a sediar a Uergs
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Zero Hora – Porto Alegre
Ensino – Municípios disputam quem continuará a sediar a Uergs Decisão de reduzir unidades mobiliza comunidades do Interior
Na semana passada, Venâncio Aires também entrou na disputa, e seu prefeito, Almedo Dettenborn (PMDB), resumiu o ânimo dos envolvidos:
– Vamos lutar pela Uergs até o fim.
Conselhos consultivos regionais começaram a ser instalados ontem para escolher quais municípios receberão os sete centros regionais da Uergs. A mudança gera disputa entre as 24 sedes praticamente autônomas da universidade.
Em Santa Cruz, o estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da Uergs Gabriel Niland é um dos líderes da mobilização. Ele se uniu à prefeitura, à Câmara de Vereadores, a empresários e à comunidade para preparar uma proposta à reitoria. O município já ofereceu o prédio de uma escola estadual.
– Quem oferecer mais levará o centro regional, que terá mais recursos. Queremos incrementar a universidade, porque é fundamental para desenvolver o ensino público na região – afirmou Niland.
Em Cachoeira do Sul, a unidade com 198 estudantes faz protestos na rua. Um dos principais argumentos para receber o centro é que a universidade tem sede própria com espaço para mil alunos. A prefeitura também cedeu uma área com 126 hectares e prédio. Um abaixo-assinado e visitas a municípios vizinhos integram o movimento. Em Venâncio Aires, não há Uergs, mas o Executivo prometeu liberar espaço em escolas ou construir uma sede.
Na Fronteira Oeste, três municípios disputam ser sede do centro regional. Enquanto São Borja e Alegrete ainda pleiteiam uma sede própria – as unidades funcionam em escolas -, Santana do Livramento tem a vantagem de funcionar em um prédio independente.
Para vencer o páreo, Alegrete aposta no envolvimento com a comunidade por uma pesquisa que informa sobre o trabalho da universidade que visa a ampliar a qualidade de vida pela sustentabilidade na região.
Enquanto isso, São Borja negocia com a prefeitura a mudança da unidade, que funciona na Escola Aparício Silva Rillo, para um andar inteiro do prédio do município. A prefeitura arcaria com os custos da reforma.