ENTREVISTA SITE UOL E FOLHA DE S.PAULO

Sep 04 2014
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Luiz Roberto de Albuquerque, o Beto Albuquerque, tem 51 anos.

ComeAi??ou a fazer polAi??tica no movimento estudantil, quando se aliou ao PC do B, em geral contra grupos trotskistas.

Ai?? advogado e deputado federal pelo PSB do Rio Grande do Sul. EstA? no PSB desde 1986, o A?nico partido ao qual se filiou em toda a sua carreira.

ComeAi??ou a militA?ncia polAi??tica em Passo Fundo, sua cidade natal, no Rio Grande do Sul.

Foi 2 vezes deputado estadual. No governo de OlAi??vio Dutra, no Rio Grande do Sul, do PT, foi secretA?rio dos Transportes.

Em 99, assumiu o primeiro dos seus 4 mandatos consecutivos como deputado federal em BrasAi??lia. AtAi?? agosto de 2014, era candidato ao Senado pelo PSB no Rio Grande do Sul.

Agora, ocupa a vaga de candidato a vice-presidente na chapa encabeAi??ada por Marina Silva na corrida pela PresidA?ncia da RepA?blica pelo PSB, em 2014.

Folha/UOL: OlA?, bem-vindo a mais um Poder e PolAi??tica – Entrevista. Este programa Ai?? uma realizaAi??A?o do portal UOL e do jornal “Folha de S. Paulo”. A gravaAi??A?o Ai?? realizada no estA?dio do Grupo Folha, em BrasAi??lia. O entrevistado desta ediAi??A?o do Poder e PolAi??tica Ai?? o deputado federal Beto Albuquerque, do PSB, do Rio Grande do Sul, que, no momento, Ai?? tambAi??m candidato a vice-presidente da RepA?blica na chapa encabeAi??ada por Marina Silva pelo PSB.

Folha/UOL: OlA?, como vai deputado Beto Albuquerque, tudo bem?

Beto Albuquerque: Tudo A?timo Fernando. Prazer estar aqui.

ComeAi??o perguntando sobre o caso rumoroso do aviA?o que, enfim, fez parte da tragAi??dia da morte de Eduardo Campos no dia 13 de agosto. Por que o PSB evita reunir todos os documentos, informaAi??Ai??es que tem a respeito, coloque em cima da mesa, convoque a imprensa e diz “isso Ai?? tudo que nA?s temos, aqui estA?”?

Primeiro eu quero destacar, Fernando, que ninguAi??m mais do que nA?s temos interesse de que haja uma profunda investigaAi??A?o e todos os esclarecimentos sobre, primeiro o acidente, que nA?s continuamos aguardando informaAi??Ai??es das razAi??es pelas quais caiu esse aviA?o e vitimou sete companheiros, entre eles o Eduardo [Campos], isso Ai?? muito importante para nA?s, nA?o temos notAi??cia por qual razA?o essa caixa preta nA?o gravou nada, e por qual razA?o esse aviA?o caiu naquele sentido que pudemos ver. Segundo, nA?s temos todo o interesse que nA?o pairem dA?vidas, que haja uma investigaAi??A?o rigorosa sobre as relaAi??Ai??es nossa com o emprAi??stimo do aviA?o e tambAi??m sejam investigadas as razAi??es da compra do aviA?o, que a rigor nA?o tem participaAi??A?o do PSB a compra do aviA?o. NA?s apenas, pelas informaAi??Ai??es que temos, recebemos esse aviA?o, no caso o Eduardo, emprestado de pessoas conhecidas dele, empresA?rios conhecidos dele em Pernambuco, para a prAi??-campanha e posteriormente para a campanha. Evidentemente que se tratando de pessoa fAi??sica, nA?o jurAi??dica, poder-se-ia transformar isso em estimativa de custos e vocA? contabilizar o crAi??dito e o dAi??bito na conta eleitoral, baseando no nA?mero de voos. Os rumores de compra, que vimos inclusive nas redes de televisA?o, o uso de laranjas, isso nos deixa muito preocupados, porque isso Ai?? um negA?cio que cabe aos proprietA?rios do aviA?o explicarem as razAi??es, verdadeiras ou nA?o verdadeiras. A nossa parte nessa relaAi??A?o com o aviA?o Ai?? a parte do emprAi??stimo. O Eduardo, de boa fAi??, certamente de boa fAi??, recebeu desses empresA?rios o emprAi??stimo, passou a usar, talvez pudAi??ssemos ter tido um cuidado maior sobre essa questA?o, sobre a origem do aviA?o, enfim, coisa que nem sempre se faz, e agora estamos diante desses rumores.

Mas eu insisto. Existe a possibilidade de o PSB, reunindo o que hA? de documentos, informaAi??Ai??es municipais…

Mas havia um emprAi??stimo sem documento. Porque nA?o poderia. Veja Fernando, esse aviA?o, atAi?? ele cair estava ainda no nome do seu proprietA?rio original que contratou o leasing, a AF Andrade, que entrou em recuperaAi??A?o judicial, atrasou prestaAi??Ai??es do leasing. Esses empresA?rios pagaram as prestaAi??Ai??es do leasing e tiveram, digamos, transferido a posse de uso do aviA?o. VocA? nA?o tinha como assinar contrato com quem nA?o era ainda o dono. E aAi?? que eu me refiro a boa fAi??, quer dizer, recebeu enquanto se faria transferA?ncia, imaginando que passasse no processo eleitoral a documentaAi??A?o toda.

Houve uma imprudA?ncia, talvez, na hora de se contratar?

NA?o. Eu acho que a palavra imprudA?ncia Ai?? uma palavra adequada. NA?o houve mA? fAi??, nA?o houve compadrio. Tenho certeza do total desconhecimento das origens, ou da forma como foi comprado esse aviA?o. Houve boa fAi?? e talvez uma imprudA?ncia de nA?o se passar efetivamente um contrato em razA?o de nA?o ter sido feito a transferA?ncia, de forma que nA?s do partido e a famAi??lia do Eduardo [Campos] todos nA?s temos o maior interesse de que essas coisas sejam esclarecidas. Porque nA?s conhecemos a histA?ria do Eduardo, o Eduardo Ai?? um cara super correto, super rigoroso. Como governador sempre foi muito rigoroso e infelizmente hoje nos vemos diante desse fato que alAi??m de matar o nosso lAi??der fica eivado de dA?vidas, o que Ai?? muito ruim.

Na sua avaliaAi??A?o, todas as informaAi??Ai??es jA? disponAi??veis para o PSB foram apresentadas em pA?blico? A respeito desse caso do aviA?o.

Ai?? essa histA?ria que eu estou te relatando.

NA?o hA? mais nada a ser dito por parte desse aviA?o?

NA?o. Sobre a compra nA?s sabemos aquilo que a imprensa tem divulgado. O que nA?o era assim.

Sobre o aluguel em si?

Era um emprAi??stimo. A A?nica coisa que nA?s sabAi??amos Ai?? que havia dois empresA?rios de Pernambuco que ofereceram, por emprAi??stimo, o aviA?o.

Deixa eu fazer outra pergunta sobre transparA?ncia. JA? perguntei para a candidata Marina Silva sobre a fonte de renda dela nos A?ltimos cerca de trA?s anos, que foi com palestras que ela proferiu e recebeu por isso, o que Ai?? perfeitamente legal. Uma pessoa da iniciativa privada pode fazer isso, uma pessoa como o ex-presidente da RepA?blica faz isso, porque nA?o vai ocupar nenhum cargo pA?blico nem presta contas ao Fisco, como fez Marina Silva. No momento que ela se candidata a presidente, a exigA?ncia sobre a transparA?ncia a respeito da renda, imediatamente anterior dela nA?o se reveste de maior importA?ncia, e o nAi??vel de transparA?ncia tem que ser maior do que seria para uma pessoa que nA?o vai disputar um cargo pA?blico?

Eu acho que nesse caso, Fernando, Ai?? preciso compreender que quem exige a confidencialidade nA?o Ai?? a Marina [Silva]. SA?o aqueles que contrataram a Marina para fazer as suas palestras nas suas empresas, fora do paAi??s, e isso Ai?? absolutamente normal. Porque se fosse a Marina que estivesse escondendo seria uma coisa, agora quando eu contrato alguAi??m e digo “eu vou te contratar para uma palestra, mas eu quero um contrato de confidencialidade”, vocA? tem que respeitar porque a vontade Ai?? do outro. O importante nessa relaAi??A?o da Marina Ai?? que estA? tudo declarado no Imposto de Renda, foi uma forma, evidentemente, dela receber, dela prestar um serviAi??o, ser remunerada. EstA? declarado no Imposto de Renda, Ai?? isso que Ai?? importante.

Ela pretende consultar essas empresas, indagar delas, se poderia, eventualmente, quebrar essa clA?usula de confidencialidade?

NA?o, certamente ela poderA? fazA?-lo ou mesmo as empresas poderA?o.

NA?o se manifestou a respeito disso?

NA?o. NA?o chegamos a conversar sobre isso. Mas eu conhecendo bastante a Marina [Silva], como jA? conheAi??o hA? vA?rios anos, agora mais na intimidade, tenho certeza que a ela nA?o hA? nenhum interesse em esconder, porque nA?o hA? nada que se deva esconder. Foi contratada, deu palestra, prestou serviAi??o, foi remunerada. Agora, se quem contratou nA?o quer que se diga, bom, temos que respeitar isso.

Dilma Rousseff na sua propaganda eleitoral na televisA?o, nesta semana, comparou Marina Silva aos ex-presidentes JA?nio Quadros [1917-1992] e Fernando Collor. Qual Ai?? o seu juAi??zo sobre essa comparaAi??A?o?

Ai?? lamentA?vel ver uma mulher, a primeira mulher que preside o Brasil, vinculada a um partido de esquerda, de origem dos trabalhadores, adotar a regra do lacerdismo para espalhar boatos, terrorismos. Quase um golpismo Ai??s vAi??speras de uma eleiAi??A?o. Ai?? muito lamentA?vel. Ai?? um atraso polAi??tico e cultural esse gesto. Primeiro porque Marina nA?o Ai?? parecida com JA?nio [Quadros], muito menos parecida com [Fernando] Collor. Segundo, porque Dilma apoia Collor em Alagoas, assim como apoia Renan [Calheiros], e assim como apoia [JosAi??] Sarney. EntA?o eu acho uma injustiAi??a esse tipo de comparaAi??A?o, e eu acho um gol contra o que a Dilma acabou de fazer com seus propA?sitos.

Porque ela teria feito isso?

Talvez para, sentindo a possibilidade de perder a eleiAi??A?o, esteja escolhendo o pior mAi??todo, que era o mAi??todo daqueles que acusavam Lula em 2002. Eu me lembro bem. Eu votei nas trA?s derrotas e nas trA?s vitA?rias do Lula. E eu me lembro bem do terrorismo que se fez contra Lula, que o Brasil ia explodir, que ele nA?o ia conseguir governar, que ele nA?o ia ter capacidade de mobilizar a sociedade. E acabou que o presidente Lula fez um bom governo para o paAi??s. Foi um perAi??odo de muita inclusA?o social. Essa polAi??tica do medo, do terrorismo, como eu disse, essa filosofia lacerdista, de espalhar o terror, nA?o Ai?? o caminho. Isso nA?o Ai?? maduro para a democracia brasileira.

Agora, especificamente, a crAi??tica dela, fora a comparaAi??A?o, Ai?? que esses presidentes tiveram muitas dificuldades ao assumir o mandato sem uma base sA?lida de apoio no Congresso, o que Ai?? um fato. Inclusive, cita que Marina Silva tem, hoje, a rigor, uma base pequena a julgar pelos partidos que dA?o apoio a ela na candidatura. Como Ai?? possAi??vel imaginar num eventual governo Marina, a partir de 1A? de janeiro de 2015, que Marina terA? uma base sA?lida que dA? tranquilidade a ela para tocar o paAi??s?

Eu acho que a nova polAi??tica que nA?s falamos, que Marina fala, que Eduardo falava, exige uma mudanAi??a na relaAi??A?o com o Congresso. Na governabilidade com o Congresso.

Se vocA? me permite dizer, todos falam isso sempre.

NA?o, mas eu quero te dizer aonde nA?s achamos que deve ser diferente. Primeiro, existe uma forma de conquistar a base, alugar a base. JA? fizeram isso e teve gente que se deu mal com a JustiAi??a por ter feito isso. Segundo, lotearam a Esplanada dos MinistAi??rios para ter base, e sempre teve dificuldade para aprovar as coisas. A nossa tentativa, o nosso esforAi??o com o novo Congresso que sairA? das urnas, Ai?? preciso conhecer o Congresso que sairA? das urnas, ele pode mudar muito ou ele pode nA?o mudar, Ai?? tentar apostar numa coalizA?o de programa. CoalizA?o programA?tica. Porque nA?s temos um programa de governo e nA?o vamos ficar discutindo no varejo.

Mas deputado…

E veja, Fernando, sA? para concluir. A Marina tem insistindo, e eu acho que ela estA? correta. NA?s temos quadros polAi??ticos nas carreiras pA?blicas muito bons, em todas as carreiras pA?blicas hA? gente qualificada no Brasil. HA? gente qualificada no mundo empresarial, e hA? gente qualificada nos partidos polAi??ticos. O discurso de que sA? o nosso partido tem gente boa, nA?o Ai?? nosso. Ai?? um discurso do PT.

Hoje, isso varia um pouco, hA? cerca de 20 partidos representados no Congresso. Uma forma que esses partidos encontram de participar dos governos Ai?? com o seguinte discurso “nA?s apoiamos programaticamente, o governo, a administraAi??A?o pA?blica federal, e queremos contribuir estando presentes com cargos na Esplanada [dos MinistAi??rios], porque nA?s nos julgamos aptos a ter um ministro que possa colaborar ativamente”. Ai?? ilAi??cita essa forma de colaboraAi??A?o?

NA?o, nA?o hA? ilicitude em um partido apoiar um outro partido porque se nA?o….

E receber um cargo?

E compor um governo, nA?o hA? ilicitude. O problema Ai?? se sou eu que escolho o quadro do partido, ou se Ai?? o partido que me empurra guela abaixo o cara que vai governar. EntA?o, quando eu falo de composiAi??A?o de governo programA?tica, eu nA?o posso botar na saA?de alguAi??m que nA?o entenda de saA?de.

EntA?o digamos que um partido X apoie um eventual governo Marina Silva. Um partido X no Congresso.

Com o nosso acordo.

Com acordo programA?tico, com base, enfim, em assuntos que serA?o tratados no Congresso. O partido apoia, e o partido diz “gostarAi??amos de participar do governo”. EntA?o a eventual administraAi??A?o Marina diria “ok, quais sA?o os quadros do partido?”. E a forma seria a presidente da RepA?blica dizer qual quadro ela gostaria de ter no seu governo com cargo?

A ideia Ai?? se o acordo e programA?tico, nA?o Ai?? fisiolA?gico ou patrimonialista, Ai?? que a opiniA?o de quem vai presidir o paAi??s vai ter responsabilidades com o A?xito ou com o insucesso, tenha a possibilidade junto a esse partido de influenciar, de escolher, de sugerir o perfil.

E se o partido bater o pAi?? e falar “nA?o, tem que ser desses trA?s aqui. Escolhe esses trA?s”.

NA?o. NA?s estamos em um momento, Fernando, que nA?s vamos ter que ter um novo aprendizado na polAi??tica. Porque essas prA?ticas polAi??ticas de hoje…

Elas existem nAi???

Elas existem e nA?o tA?m dado certo.

Pois Ai??.

O governo do presidente Lula tinha mais de 400 deputados, teoricamente, apoiando o governo. A cada votaAi??A?o, eu estive nessa base, era muito difAi??cil se ter, muitas vezes, maioria. EntA?o nA?o adianta vocA? ter uma base sA? referida por cargos em ministAi??rios ou empresas pA?blicas, porque ela nA?o funciona.

Agora como Ai?? que seria nessa situaAi??A?o objetiva. EntA?o estA? lA? uma negociaAi??A?o “se concordamos com a proposta para a educaAi??A?o, ou PrevidA?ncia”, seja lA? o que for, “vamos entrar em um governo, apoiar oficialmente. GostarAi??amos de ter uma presenAi??a nos ministAi??rios. Temos esses trA?s nomes” e a presidente, no caso, se for eleita a Marina, diz “olha, esses trA?s nomes eu nA?o gosto, eu nA?o quero”. AAi?? o partido vai “entA?o, nada feito”. EntA?o nA?o tem acordo?

Ai?? possAi??vel que haja um ou outro impasse, mas eu acho que nA?s temos que perseguir a proximidade de fazer diferente. Exemplo: hA? funAi??Ai??es na Esplanada que a melhor coisa que nA?s devemos fazer Ai?? nA?o prescindir da indicaAi??A?o de partidos. Ai?? fazer carta convite, publicar editais de convite.

Como assim?

VocA? procura no mercado pessoas que se disponham a exercer essas funAi??Ai??es.

NA?o para cargo de ministros, o sr. estA? dizendo.

NA?o para cargo de ministro. Eu estou falando de A?reas chaves. Eu acho que os polAi??ticos indicares menos das agA?ncias, isso Ai?? uma contradiAi??A?o brutal. As agA?ncias tA?m que ser ocupadas por gente que conheAi??a a A?rea. E tem gente que Ai?? muito boa que nA?o estA? disposta a pedir favor a polAi??tico, mas se for numa seleAi??A?o de consulta ele vai apresentar o seu currAi??culo. A Inglaterra escolheu o chefe do Tesouro Nacional atravAi??s dessa metodologia, e contratou um alemA?o. Porque que nA?s para indicar que vA? integrar uma agA?ncia, ou uma empresa pA?blica, temos que continuar sempre com essa velha polAi??tica de ficarmos refAi??ns do cacife polAi??tico aqui e ali. NA?s temos que tentar mudar isso. Se nA?o nos esforAi??amos para isso, nA?o terA? valido essa luta toda que nA?s estamos fazendo. NA?s vamos ter que implementar sim uma metodologia nova com todas as dificuldades que possamos ter nesse sentido.

O que vai acontecer quando ficar pronto o partido Rede Sustentabilidade, que foi idealizado por Marina Silva?

Quando nA?s, no dia 3 outubro de 2013, 4 de outubro, mais precisamente, quando nA?s decidimos, fomos surpreendidos pelo ato generoso da Marina de apoiar Eduardo Campos, de ver no Eduardo Campos uma lideranAi??a que podia apresentar uma forma diferente de fazer a polAi??tica, de governar o paAi??s, ela veio na condiAi??A?o de ser Rede. Ela, infelizmente, as estruturas burocrA?ticas brasileiras nA?o deixaram a Marina ter o seu partido. E nA?s do PSB apoiamos do inAi??cio ao final a tentativa da Marina de ter o seu partido, achamos que esse tipo de partido era muito importante existir com esse tipo de pensamento e desapego. NA?o deu certo. A Marina decidiu vir, e nA?s pactuamos uma filiaAi??A?o democrA?tica, que nA?s chamamos na Ai??poca. Assim como o MDB lA? na ditadura era o guarda-chuva de muitos partidos.

Ai??, isso aAi?? Ai?? conhecido.

EntA?o, veja. Ela nA?o estA? obrigada a continuar no PSB, nA?s sabemos disso. Se ela quiser fazer a Rede e ser a presidenta filiada Ai?? Rede, nA?s nA?o vamos ter problema, porque nA?s pactuamos com isso, com ela. Isso nA?o diminui a nossa colaboraAi??A?o com a Marina. Isso nA?o diminui a nossa responsabilidade com o governo da Marina. Isso estava pactuado partidariamente.

Ou seja, se ela…

Agora, se Ai?? ela vai conseguir fazer eu nA?o sei. Mas se ela fizer o seu partido, nA?s nA?o temos nenhum problema.

Em que ela saia e fique filiada oficialmente Ai?? Rede?

Ela pode ser, e ela terA?, continuarA? tendo apoio irrestrito do Partido Socialista Brasileiro.

Ela tem dito que, sucessivamente, vai governar com os melhores e cita, inclusive, alguns partidos. Os melhores atAi?? do PT, do PSDB. Ela nA?o tem dito, ou nA?o tem vocalizado… Eduardo Campos falava nomes atAi??. Quem serA?o as forAi??as que hoje estA?o aAi?? claras e que realmente nA?o vA?o participar de um governo Marina Silva, que serA?o oposiAi??A?o? Quais sA?o essas forAi??as?

Para nA?s os melhores nessa seleAi??A?o que estA? jogando hoje estA?o no banco. NA?o estA?o no campo.

NA?o, mas quem sA?o os de oposiAi??A?o ao governo Marina Silva se ela for eleita?

Bom, nA?s nA?o vamos fazer alianAi??as….

Eduardo Campos falava.

NA?s nA?o vamos fazer alianAi??a com [JosAi??] Sarney, com Renan Calheiros, com [Fernando] Collor, com [Paulo] Maluf. NA?s nA?o vamos fazer essa alianAi??a. Ai?? uma escolha nossa, como todo o respeito a essas figuras.

O Henrique Eduardo Alves.

O Henrique nA?s temos muita consideraAi??A?o por ele, por exemplo, presidente da CA?mara…

Romero JucA?.

Romero JucA?. NA?s temos inclusive no Estado dele uma relaAi??A?o boa. Agora, o formato da relaAi??A?o com o Congresso [Nacional] nA?o precisa ser sempre com a existA?ncia de um preposto. Quando vocA? faz o fulano virar preposto num governo com os deputados e deputadas, vocA? estA? elegendo um interlocutor. O governo pode se dirigir diretamente com esses deputados, dar atenAi??A?o a eles, prestigiA?-los, levA?-los nas suas agendas, quer dizer, conversar, receber, isso Ai?? tA?o fA?cil fazer, vocA? prestigiar e dialogar. Agora, hA? governos que prefere escolher 10 prepostos, prestigiar os 10 prepostos, alimentA?-los bem e fazer os outros 500 ficarem refAi??ns dos prepostos. NA?s achamos que temos que fazer uma relaAi??A?o mais horizontal com todos os deputados e deputadas, e tambAi??m com todos os senadores.

Mas o sr. enxerga um governo Marina Silva, se ela vencer a eleiAi??A?o, fazendo alianAi??as formais com partidos polAi??ticos? Com uma entidade, um partido?

Ai?? claro. JA? temos uma coligaAi??A?o com partidos. O PSB, o PPS.

Quais partidos estariam mais propensos a formalmente entrar em uma coligaAi??A?o de governo com Marina Silva?

Ai?? muito difAi??cil Fernando, nessa hora, a 30 dias da eleiAi??A?o, ajuizar as instituiAi??Ai??es a partidos que estA?o um pouco conosco, um pouco com outros.

Exato. Mas no governo Ai?? outra coisa…

Que Ai?? a realidade brasileira.

No governo Ai?? outra coisa. Vou refazer a pergunta. Existe algum partido, que pela sua caracterAi??stica fundadora, dificilmente estaria coligado a Marina Silva formalmente no governo? O senhor nA?o imagina que o PT vA? se coligar ao governo Marina, ou vai?

NA?s vamos convidar.

O partido.

NA?s vamos convidar quadros do PT, dos tucanos, do PMDB para integrar o governo.

Mas, e partido?

Agora, que dimensA?o isso terA? de adesA?o partidA?ria Ai?? uma escolha de cada um dos partidos.

Democratas, por exemplo, Ai?? um partido que institucionalmente poderia apoiar Marina?

Depende de ouvi-lo, depende da concordA?ncia com o nosso programa de governo.

O sr. citou nomes que podem ser, aAi?? o sr. citou vA?rios nomes do PMDB.

Tem um programa antes. HaverA? um programa de governo, com o qual, que vier para o governo tem que acordar com o programa em primeiro lugar, depois indicar nomes. NA?o indicar nomes.

Mas o sr. citou vA?rios nomes, se nA?o me engano, todos do PMDB: Renan Calheiros, [JosAi??] Sarney…

Que sA?o as principais figuras que hoje habitam na Esplanada [dos MinistAi??rios].

Quem mais o sr. citou? [Paulo] Maluf, nA?o, Maluf Ai?? do PT. Mas assim, duas figuras muito conhecidas.

[Fernando] Collor.

Collor, PTB. Vamos pegar o PMDB. Se o PMDB, institucionalmente, como partido, que abriga Renan Calheiros, que abriga JosAi?? Sarney, quiser apoiar oficialmente o governo Marina Silva, quiserem indicar pessoas que serA?o pactuadas com a presidente, ele poderA? entrar?

NA?s vamos ter que examinar.

Mas, o partido poderia…

Num debate sAi??rio, nA?s vamos ter que examinar num debate sAi??rio.

Mas nA?o se descarta o partido?

NA?o. NA?s nA?o podemos nem aceitar e nem descartar nada nessa altura do campeonato. LA? na frente, se houver interesses de um partido ou de outro, nA?s vamos ver se hA? o respeito do programa e se o perfil daqueles que querem governar conosco se adequam a esse programa. SA?o critAi??rios.

Agora, o sr. sempre estA? falando das pessoas. Eu estou falando das instituiAi??Ai??es. Digamos que…

Mas hoje as instituiAi??Ai??es, estA?o…

Cogitam num mA?s de eleiAi??A?o…

EstA?o 100% envolvidos, nA?o. Mas hoje…

Estamos no meio de uma eleiAi??A?o. Elas se comprometem formalmente, tem uma alianAi??a formal.

Mais ou menos. O que eu vejo Ai?? que tem partidos que estA?o aliados, tA?m bons ministAi??rios e na hora do plenA?rio metade estA? a favor e metade estA? contra.

Mas do ponto de vista prA?tico…

NA?o hA? organicidade na polAi??tica brasileira.

Mas no ponto de vista prA?tico, as direAi??Ai??es desses partidos que apoiam o governo Dilma Rousseff, vA?o Ai??s reuniAi??es de lAi??deres do governo no PalA?cio do Planalto. Os presidentes desses partidos sA?o convidados para reuniAi??es de conselhos de governo com a presidente Dilma Rousseff. Mais ou menos assim que funciona. E aAi??, hA? incidA?ncia em todos os partidos, nA?o Ai???

Se o Brasil, nA?o for capaz nessa quadra da vida de dar fim ao toma lA? da cA?, ao troca-troca, ele vai ter muita dificuldade de entregar aquilo que o povo foi Ai??s ruas pedir. Melhores serviAi??os pA?blicos, melhor qualidade de serviAi??o. Segundo, o Brasil precisa passar por uma experiA?ncia que Eduardo fez em Pernambuco, e foi exitosa, de governar com planejamento, com metas, com mediAi??A?o de resultados. Isto Ai?? fundamental na saA?de, na educaAi??A?o e em A?reas estratAi??gicas. Para isso, mais do que um partido vocA? tem que ter uma legiA?o de pessoas a fim de jogar pra frente, olhar o Brasil para frente. Modernizar o paAi??s. As metodologias antigas, Fernando, se todos ficarmos apostando que sA? tem uma forma de governar, que Ai?? dando que se recebe, Ai?? loteando a Esplanada, nA?s estamos perdidos. Eu nA?o acho que isso seja a A?nica forma. E a Marina, evidentemente, que apostar em algo novo e nA?s vamos ajudA?-la.

Eu entendo essa argumentaAi??A?o toda, outros inclusive, o sr. hA? de convir, jA? falaram tambAi??m, tiveram discurso parecido ano passado e nA?o tiveram muito A?xito. NA?o se sabe, nA?o hA? como saber, na prA?tica, como seria o governo Marina Silva. Agora, o que eu pergunto Ai?? algo assim da polAi??tica mesmo. Do ponto de vista imagAi??tico, para uma usar uma palavra assim, imagem…

Bonita palavra.

“Marina Silva aceita o apoio do PMDB que diz que vai apoiA?-la, mas, enfim, ela que vai escolher as pessoas do PMDB que vA?o estar dentro do governo”. Ai?? isso?

Vai discutir.

Ai?? isso?

Se vocA? vai receber um partido e vai entrar em acordo com o partido vocA? vai ter que discutir com esse partido as condiAi??Ai??es de atuaAi??A?o dele. Eu vou dar um exemplo, os Correios, a Empresa Brasileira de Correios, era uma empresa que atAi?? 10 anos atrA?s se tinha trA?s cargos livres de nomeaAi??A?o, hoje sA?o 100. Os nossos bancos tA?m mais vice-presidente para acomodar os atores polAi??ticos, do que para fazer o banco dar resultado. NA?s temos que mudar isso. NA?s temos que aproveitar os quadros de carreira que fizeram concurso e nA?s temos que ter limites nessa intervenAi??A?o partidA?ria na gestA?o pA?blica.

Sabe a impressA?o que eu tenho que a candidata Marina Silva, sua colega de chapa, ela tem esse discurso que tem sido, enfim, interpretado de maneira positiva por muitos, as pesquisas dizem, mas a impressA?o que eu tenho, olhando politicamente perto como o sr. olha, Ai?? que ela muitas vezes fica… ela se coloca acima dos partidos polAi??ticos.

NA?o. Eu acho que nA?o.

Isso, o sr. acha positivo?

Eu nA?o acho que Marina negue os partidos ou esteja acima dos partidos. Tanto que ela tenta fazer um partido, nA?o para ela, para chamar de seu. Um partido sob um programa diferente da maioria dos nossos partidos, com critAi??rios do que pode ou nA?o pode receber de doaAi??A?o para a campanha. Tem critAi??rios de que ninguAi??m poderA? se reeleger mais de uma vez no partido, quer dizer, Ai?? um partido com concepAi??Ai??es novas. EntA?o, ela nA?o nega essa relaAi??A?o partidA?ria. Ela Ai?? inclusive candidata a presidenta numa coligaAi??A?o com partidos polAi??ticos, que tem dois minutos de televisA?o que, portanto, nA?o resultarA? na vitA?ria dos acordos dos segundos e minutos caros, que muitas vezes sA?o feitos para vocA? ter um programa de Hollywood na campanha eleitoral como estA? fazendo a presidenta Dilma, programa super cinematogrA?fico de um Brasil que nA?o existe na vida das pessoas. Ela nA?o nega isso. Ela tem uma postura diferente de olhar a polAi??tica. Eu acho que o Brasil estA? cobrando a reforma polAi??tica porque tambAi??m quer olhar diferente para a polAi??tica, e o governo pode ajudar muito a fazer a reforma. Pode ajudar muito. E dependendo do que vem das urnas nessa eleiAi??A?o de renovaAi??A?o, tanto na CA?mara e no Senado, nA?s podemos ter menos dificuldades para vocA? implementar essas mudanAi??as que sA?o necessA?rias.

Marina Silva estA? apresentando uma trajetA?ria ascendente, pelo menos atAi?? agora, no inAi??cio desta semana, nas pesquisas. Que trajetA?ria o sr. imagina para Marina Silva de agora, inAi??cio de setembro atAi?? o dia 5 de outubro ao da eleiAi??A?o, em termo de posicionamento, de apoio, de intenAi??A?o de votos no primeiro turno?

Todo mundo que vai para uma eleiAi??A?o que ganhar a eleiAi??A?o. Eu acho que as pesquisas nA?s temos que recebA?-las, nesse momento, como uma fotografia de um momento, vocA? tem mais de 30 dias de eleiAi??A?o para frente.

HA? espaAi??o para ela crescer?

HA? espaAi??o para ela crescer mais, mas hA? tambAi??m espaAi??o para cair. Se a gente nA?o continuar de forma humilde, com os pAi??s no chA?o, fazendo o nosso trabalho, levando as nossas propostas, nA?o elevando o tom, e tampouco devolvendo na mesma moeda as agressAi??es que jA? comeAi??aram a ocorrer. NA?s nA?o vamos mudar o tom que a Marina usa nos debates, nA?s vamos continuar prepositivos.

A eleiAi??A?o pode ser liquidada por alguAi??m no primeiro turno?

Eu acho que a eleiAi??A?o no Brasil estA? aberta. Pode sim alguAi??m ganhar no primeiro turno.

O sr. enxerga quais candidatos aptos a vencer no primeiro turno ainda?

Nesse momento quem pode ganhar no primeiro turno Ai?? a Marina Silva.

Qual Ai?? o grau de exequibilidade disso no momento?

Depende muito da avaliaAi??A?o que a sociedade faz. Eu relembro que tem um ano e meio que todos os institutos de pesquisa apresentam 80% do eleitorado querendo mudanAi??a. Talvez essa mudanAi??a esteja sendo desperta, ou talvez a tragAi??dia, que vitimou Eduardo, tenha ajudado a despertar isso, e o patrimA?nio polAi??tico que a Marina jA? tinha se some a isso.

Que cenA?rio o sr. vislumbra para segundo turno a esta altura? Quem tem condiAi??Ai??es de ir ao segundo turno na sua avaliaAi??A?o?

Todos tA?m condiAi??Ai??es de ir ao segundo turno. Nesses A?ltimos 30 dias….

Os favoritos?

A nA?meros de hoje, nA?s sabemos, mas a polAi??tica ela Ai?? dinA?mica. NA?o vou ser desrespeitoso com nenhuma das candidaturas, porque a eleiAi??A?o estA? nas mA?os do povo, cabe a ele escolher.

Supondo-se que as duas candidatas que hoje lideram de fato….

Seria fantA?stico ter o segundo turno com duas mulheres.

Sigam para o segundo turno, Dilma Rousseff, do PT, Marina Silva, hoje no PSB, candidatas finalistas. Como o sr. imagina que vA?o se comportar: NA?mero um, os candidatos que nA?o forem ao segundo turno, em termos de apoio, e como se comportarA?o os eleitores desses candidatos no segundo turno?

Ai?? inegA?vel que no Brasil hoje hA? um desejo muito grande de mudanAi??a, hA? um esgotamento do atual ciclo polAi??tico e econA?mico que nA?s temos. HA? um cansaAi??o da polarizaAi??A?o que hA? vinte anos governa e desgoverna o Brasil, ou justifica e nA?o se justificam as coisas nA?o realizadas.

Mas o que aconteceria no segundo turno? Em termos de apoios.

Eu acho muito provA?vel que no segundo turno que todos que querem fazer a mudanAi??a estejam juntos, essa Ai?? uma probabilidade muito grande que vem se repetindo atAi?? agora e, havendo segundo turno, poderA? se consolidar.

Tem uma forAi??a que pode, pela primeira vez, estar fora da lista final dos dois candidatos mais votados, que Ai?? o PSDB. O que aconteceu com o PSDB, na sua opiniA?o?

Talvez nA?o tenha acontecido nada com o PSDB. Talvez esteja acontecendo muita coisa com o eleitorado brasileiro, que estA? tendo um outro viAi??s de reflexA?o nessa eleiAi??A?o. O PSDB, como eu digo, tem quadros bons, fez para o Brasil, na sua Ai??poca, boas coisas, principalmente a implantaAi??A?o do real, a estabilizaAi??A?o da economia brasileira, isso Ai?? um mAi??rito dos tucanos. O PT nA?o admite isso, mas nA?s admitimos. Assim como o PT consolidou um perAi??odo de inclusA?o social muito grande, o que Ai?? um mAi??rito muito importante do presidente Lula.

O sr. diria que…

Agora veja, nem o PT nem o PSDB admitem as duas coisas um do outro. E eu acho que isso cansou a sociedade. A sociedade cansou de viver essa dicotomia e estA? procurando alguma coisa nova. O AAi??cio Ai?? uma lideranAi??a polAi??tica nova, jovem, foi um gestor. Eu, particularmente, sou amigo dele me dou com ele, quando eu cheguei na CA?mara eu encontrei com ele na PresidA?ncia da CA?mara naquela Ai??poca. Agora, Ai?? o partido que fracassou ou Ai?? o eleitorado que estA? tomando novas decisAi??es? Eu acho que no Brasil quem estA? fazendo a mudanAi??a nA?o sA?o os partidos nessa eleiAi??A?o, Ai?? o eleitorado, Ai?? o povo brasileiro.

O sr. diria que cada 10 eleitores de AAi??cio Neves no segundo turno, os eleitores, quanto o sr. imagina desses 10 que vA?o talvez, se tiver um segundo turno, Marina e Dilma, votar em Marina e quantos votariam em Dilma?

Oito votariam em Marina e dois, talvez, votariam em Marina.

EntA?o 10?

NA?o, estou dizendo… Certamente se transfeririam porque sA?o eleitores que querem mudar o paAi??s.

O sr. acha que nessas circunstA?ncias o prA?prio AAi??cio nA?o fosse para o segundo turno, consideraria essa hipA?tese tambAi??m de apoiA?-la?

Ai?? natural. Eu acho que o discurso do AAi??cio e do PSDB em relaAi??A?o ao atual governo Ai?? super crAi??tico, seria atAi?? uma incoerA?ncia pensar o contrA?rio.

Poderia ficar neutro.

Natural em polAi??tica sA? iogurte, nAi?? Fernando.

Pois Ai??.

Acho que ninguAi??m pode ficar neutro.

Marina Silva ficou. Em 2010.

Mas foi uma opAi??A?o que ela teve dentro do PV, o partido dela teve opiniA?o. Eu prefiro tomar posiAi??A?o. Acho que isso Ai?? melhor.

O sr. acredita que Ai?? algo a ser perseguido, eventualmente, se AAi??cio nA?o for ao segundo turno, perseguir, enfim, o apoio dele?

Ai?? possAi??vel. Mas eu desejo ao AAi??cio que ele tenha A?xito na empreitada dele, assim como os demais candidatos, para nA?o ficarmos aqui, digamos, nos imiscuindo na realidade de cada um. Agora, no segundo turno, quem pregou na campanha inteira mudar o Brasil, o lugar Ai?? um lado sA?. NA?o hA? dois lados.

Qual serA? o lado?

O lado que nA?s estivermos, ou que outro que tenha pregado a mudanAi??a esteja.

Qual Ai?? sua posiAi??A?o pessoal, nA?o a do programa de governo, sobre temas de costumes? LegalizaAi??A?o do aborto, legalizaAi??A?o das drogas, especificamente da maconha, casamento gay?

O aborto jA? Ai??…

NA?o, mas a flexibilizaAi??A?o?

Eu, pessoalmente, concordo com o que a lei atual permite. E acho que o sistema de saA?de brasileiro nA?o estA? preparado sequer para atender os casos que a lei permite. NA?s precisamos melhorar isso.

Mas isso Ai?? outro assunto.

Mas, a minha posiAi??A?o, Ai?? de acordo com o que a lei vigente permite. Essa Ai?? minha posiAi??A?o pessoal.

LiberalizaAi??A?o do uso de drogas.

NA?s temos uma fronteira muito aberta. Um descampado nas fronteiras brasileiras, por onde entra todo o tipo de droga, que me parece muito precipitado antes de resolver essa entrada franca de qualquer forma, de todo tipo de forma de droga do Brasil, vocA? liberar o uso.

A experiA?ncia…

Tenho muita dA?vida sobre isso, e acho que precisamos ver alguns cases de sucesso.

A experiA?ncia do Uruguai.

EstA? muito cedo para avaliar. Por enquanto, nA?o Ai?? um sucesso e nA?o Ai?? seguro.

O Uruguai acertou ou errou ao tentar fazer a experiA?ncia?

Ai?? o direito que o Uruguai teve, teve debate com a sociedade, Ai?? um paAi??s muito menor que o Brasil, tem poucas A?reas de fronteira, tem, talvez, melhores condiAi??Ai??es de administrar isso. Ai?? um paAi??s pequeno, tem muito mais condiAi??Ai??es de administrar isso. Agora, um paAi??s continental como o Brasil, onde entra arma, droga, violA?ncia, trA?fico de tudo que Ai?? lado, vocA? tem que ter um cuidado muito grande sobre isso.

EntA?o a sua posiAi??A?o pessoal sobre isso Ai?? para nA?o mudar a lei no que diz respeito Ai?? droga.

Eu nA?o gosto da criminalizaAi??A?o das drogas como soluAi??A?o para o problema. O Brasil precisa amadurecer nesse sentido, mas primeiro ele tem que fazer a sua parte. Primeiro ele tem que fazer a sua parte. Se esse paAi??s tiver a capacidade de acabar com a boca livre que existe hoje nas fronteiras brasileiras, reforAi??ar, portanto, o policiamento nas fronteiras para todo o tipo de crime, vocA? pode fazer uma discussA?o mais sAi??ria sobre isso. Eu acho que o usuA?rio de droga, principalmente de drogas pesadas, o crack hoje que estA? dizimando muitas famAi??lias, tem que ter o atendimento como um paciente de uma sociedade doente, tem que ter esse tratamento de saA?de de orientaAi??A?o, vocA? nA?o combate esse tipo de coisa sA? com polAi??cia, vocA? tem que ter uma construAi??A?o sobre isso. Agora, a liberaAi??A?o num paAi??s que nA?o consegue ter portA?o em lugar nenhum me parece precipitada nesse momento.

O casamento gay jA? existe na prA?tica por conta de uma decisA?o que foi tomada pelo Supremo. VocA? acha necessA?rio formalizar ainda mais a forma como se pode haver a uniA?o entre gays no Brasil?

Eu acho que um princAi??pio fundamental nessas coisas e que serve a todos os gays, aos nA?o gays, aos crentes, aos nA?o crentes, Ai?? que a gente respeite os direitos civis de todos os brasileiros. Isso Ai?? um pressuposto fundamental. Segundo, eu acho que respeitar as organizaAi??Ai??es religiosas que nA?o precisam concordar uma com a outra, ou com comportamento de um ou de outro, tambAi??m Ai?? uma conquista democrA?tica. Vamos respeitar esses limites religiosos. Agora, o ele Ai?? laico, e se ele Ai?? laico, como disse o papa, “quem sou eu para condenar o casamento gay?”.

E condenar homofobia por meio de uma lei formal?

Sinceramente, se o Brasil fosse um paAi??s mais sAi??rio ele nA?o precisava de lei, porque qualquer discriminaAi??A?o deve ser condenada. Seja por razAi??es de opAi??A?o sexual, seja por racismo, seja por qualquer tipo de discriminaAi??A?o, mas ter uma lei, eu acho importante. Eu acho importante vocA? ter uma lei, Ai?? minha opiniA?o Ai?? uma filosofia que nA?s comungamos no partido e que respeitamos aqueles que diverhem dela.

Saiu o coordenador de assuntos LGBT do PSB por conta desse episA?dio em que houve uma correAi??A?o do programa de governo da chapa Marina Silva-Beto Albuquerque. Por que aconteceu isso?

Eu nA?o sei se ele saiu do PSB.

NA?o, saiu da coordenaAi??A?o.

Um programa de governo, ele tem que ter uma mediaAi??A?o. Ele tem que ter uma mediAi??A?o. A unanimidade em tudo nA?o existe, e na polAi??tica muito menos. VocA? tem que conviver com pensamentos diferentes. Num paAi??s laico nA?s temos que aprender muito ainda a conviver com as diferenAi??as. Quem coordenou a execuAi??A?o do plano, transferiu integralmente as sugestAi??es do movimento LGBT para o programa, e nA?o havia um consenso sobre isso. EntA?o houve de fato ajustes. Mas eu ouso dizer que dos programas, de tudo que eu jA? ouvi falar, de todos os candidatos, o que mais profunda o assunto, o que mais clara trata o assunto Ai?? o nosso programa de governo sobre a questA?o LGBT. Acho que isso Ai?? um avanAi??o super importante. O AAi??cio e a Dilma, que nA?o apresentaram ainda seus programas, tA?m falando muito do nosso, que jA? Ai?? uma honra para nA?s fazer os nossos adversA?rios lerem o nosso programa antes mesmo de publicarem os seus, e atAi?? onde eu tenho lido e comparado, a nossa proposta Ai?? uma proposta super avanAi??ada e coerente com o Estado laico que Ai?? o Estado brasileiro.

Sobre o programa de governo, hA? a defesa, no programa de governo da sua chapa, de fim da reeleiAi??A?o para cargos executivos, ou seja, prefeitos, governadores, presidente da RepA?blica, mandatos de cinco anos sem reeleiAi??A?o e eleiAi??Ai??es coincidentes. Hoje o brasileiro vota a cada dois anos, por essa proposta, o brasileiro votarA? sA? a cada cinco anos, Ai?? bom isso?

Eu, sinceramente, acho que se votar de dois em dois anos fosse muito bom a polAi??tica brasileira estaria melhor.

Mas votar menos Ai?? melhor?

Eu acho que unir as eleiAi??Ai??es, Fernando, implica em vocA? criar partidos com cara nacional. Hoje vocA? tem um partido com uma composiAi??A?o no municAi??pio, outra composiAi??A?o no Estado e outra no governo federal, ou seja, os partidos polAi??ticos vA?o perdendo identidade nacional, vA?o perdendo aquilo que me parece muito importante, que Ai?? uma identidade nacional. Se vocA? unificar as eleiAi??Ai??es, sA? isso jA? vai comeAi??ar a mudar a realidade partidA?ria no paAi??s. Eu defendo a unificaAi??A?o das eleiAi??Ai??es, eu acho que o mandato de cinco anos sem reeleiAi??A?o ele Ai?? salutar. Eu tambAi??m defendo o fim das coligaAi??Ai??es nas proporcionais, e eu defendo clA?usula de desempenho. Um partido para dizer que Ai?? um partido tem que ter pelo menos 2% do eleitorado brasileiro, se nA?o vocA? nA?o Ai?? um partido, vocA? nA?o tem um sentimento nacional e essa Ai?? uma discussA?o que nA?s temos que fazer na reforma polAi??tica.

Votar uma vez a cada cinco anos e nA?o a cada dois, na sua avaliaAi??A?o, nA?o reduz a qualidade da democracia?

Eu creio que nA?o. Ao contrA?rio, talvez, permita que o poder pA?blico funcione atAi?? melhor, porque hoje, a cada quatro anos, vocA? tem um interrompido. Em razA?o dos meses anteriores Ai?? eleiAi??A?o municipal, dos meses anteriores Ai?? eleiAi??A?o nacional, estadual, vocA? acaba tendo um mA?s de paralisaAi??A?o, de nA?o repasse de recursos, de descontinuidade, isso tambAi??m nA?o gera uma cultura de eficiA?ncia no poder pA?blico.

O sr. tem uma boa relaAi??A?o com o setor do agronegA?cio no Brasil. A candidata Marina Silva, historicamente, tem uma relaAi??A?o mais arestosa com esse setor de economia. Como vai ser composta a relaAi??A?o de Marina Silva, eventualmente se presidente for, com o setor do agronegA?cio?

Eu acho muito engraAi??ado Fernando, porque eu virei candidato a vice da Marina e comeAi??aram a dizer que eu sou ruralista. Eu sou o primeiro ruralista sem terra, sem nenhum boi para criar, e sem cavalo na propriedade. Eu sou um advogado.

Mas que vem de um Estado onde o agronegA?cio Ai?? importante.

Sim, que mora num Estado agrAi??cola e que hA? muito tempo jA? compreendeu a importA?ncia do agronegA?cio na vida das pessoas. NinguAi??m toma cafAi?? de manhA?, toma um suco, toma leite, come um pA?o, um presunto com queijo, margarina, almoAi??a e janta se nA?o tiver agricultura produzindo no paAi??s. EntA?o, sA? isso… E um churrasco no fim de semana, e assim por diante, quer dizer, e a prA?pria cerveja que vem da cevada, tambAi??m vem da agricultura. EntA?o, a agricultura Ai?? uma coisa presente na vida das pessoas. Toda a cadeia produtiva do agronegA?cio representa, praticamente, um quarto do PIB desse paAi??s. EntA?o, nA?s estamos tratando de um setor muito importante. Eu nA?o acho que haja contradiAi??Ai??es da Marina com o agronegA?cio. Eu creio que tem muita gente ouvindo outros falarem de Marina e nA?o querendo ouvir Marina falar. Porque os encontros que nA?s temos feito, onde Marina fala e as pessoas escutam, inclusive no meio do agronegA?cio, os conceitos sobre a Marina mudam. Quando a Marina fala em sustentabilidade, o que Ai?? sustentabilidade no agronegA?cio? Ai?? adequar hoje a uma exigA?ncia do consumidor mundial. O consumidor mundial estA? a cada dia mais exigente, ele quer a cada dia saber mais do produto que ele estA? consumindo. Ele lA?, hoje vocA? anda no supermercado brasileiro vocA? vA? muito mais gente na frente da prateleira lendo na embalagem do produto a composiAi??A?o daquele produto, se tem glA?ten, se nA?o tem glA?ten, quanto tem de sA?dio, se tem ou nA?o tem sA?dio, qual Ai?? a caloria, quer dizer, isso significa o quA?? NA?s estamos diante de um desafio. Quem nA?o se modernizar vai perder mercado, vai ficar fora do mercado mundial. E a sustentabilidade significa dizer o seguinte: o cara que vai comer carne na Europa, hoje jA? Ai?? um mercado muito promissor para quem tiver essa regra, ele quer saber atAi?? a A?gua que esse boi bebeu. O pasto que ele pastou, que raAi??A?o ele consumiu. Isso Ai?? sustentabilidade.

Claro, mas deixa eu perguntar, entA?o o caminho seria o que, mais contato direto da candidata Marina Silva…

E vice-versa.

EstA? sendo providenciado jA??

NA?s temos trabalhado muito. NA?s temos dialogado jA? fizemos…

HA? muitos pedidos de encontros para conversas, para conhecer?

HA? muitos pedidos.

De que ordem? Ilustre para nA?s.

Eu te diria o seguinte, Fernando. Eu vou te ilustrar. Hoje eu diria que 90% do agricultor brasileiro jA? Ai?? um agricultor que sabe que tem um mercado exigente, que sabe que Ai?? preciso preservar o ambiente, que sabe que a mudanAi??a climA?tica no paAi??s Ai?? hoje o principal empecilho para o sucesso da agricultura brasileira, e que, portanto, o respeito Ai?? questA?o ambiental, Ai?? exploraAi??A?o adequada ela Ai?? fundamental. Tanto Marina quanto o agronegA?cio vA?m mantendo encontros como nA?s fizemos agora em SA?o Paulo como vamos fazer na Expointer, no Rio Grande do Sul,

Na quinta-feira?

Ai??, na quinta-feira, que Ai?? a maior exposiAi??A?o agropecuA?ria da AmAi??rica Latina, quanto mais encontros houver, quanto mais puder se ouvir, quanto mais se ouvir falar nos debates e nos programas, vA?os perceber que a sustentabilidade…

Onde Ai?? a Expointer, em qual cidade?

Ai?? em Esteio, no Rio Grande do Sul. Na regiA?o metropolitana de Porto Alegre. Quanto mais convergA?ncia houver, mais soluAi??Ai??es nA?s vamos ter.

Mas se pretende fazer uma fala especial para esses, enfim, representantes do setor quando for lA?? EstA? preparando algum evento em que ela possa falar?

Se nA?s vamos fazer… nA?s vamos visitar na Expointer o pavilhA?o da agricultura familiar, que Ai?? muito grande.

Que mensagem que ela deve passar? O sr. jA? discutiu com ela?

A mensagem que nA?s jA? passamos na Ai??poca do Eduardo, que estA? de pAi??, em primeiro lugar, isso lA? em maio nA?s dissemos Ai??s 50 principais lideranAi??as de toda a cadeia do agronegA?cio: primeiro, no atual governo, o MinistAi??rio da Agricultura estA? sem poder polAi??tico e sem o orAi??amento que lhe Ai?? devido. Hoje as decisAi??es do MinistAi??rio da Agricultura estA?o terceirizadas para a Casa Civil, isso Ai?? um desrespeito com um setor tA?o importante ao PIB nacional. Precisamos empoderar esse ministAi??rio, nA?s precisamos qualificar esse ministAi??rio, valorizar esse ministAi??rio e ter no comando desse ministAi??rio alguAi??m que tem o acordo do setor, de todos os setores, tenha respeito, que seja acreditado. O MinistAi??rio da Agricultura, como SaA?de, EducaAi??A?o, Fazenda, Minas e Energia, nA?o pode continuar no rateio, no sorteio polAi??tico-partidA?rio. NA?s temos que colocar ali gente com alguma especialidade.

Tem alguma sAi??ntese da mensagem de Marina Silva na quinta-feira? Seria qual?

Vamos continuar mantendo polAi??ticas de crAi??dito, nA?o vamos atrapalhar. Vamos fazer o chamado georreferenciamento das A?reas rurais do paAi??s, e vamos produzir. Ai?? isso. NA?s temos que produzir, deixar esse paAi??s produzir. Atrapalhar o menos possAi??vel e preservar o ambiente. Isso tudo pode ser feito sem nenhum tipo de conflito.

Outro ruAi??do que houve sobre interpretaAi??A?o de falas de Marina Silva. O uso dos recursos e a forma de exploraAi??A?o do prAi??-sal. Afinal, como vai ser tratado esse tema num eventual governo Marina?

A primeira coisa que nA?s vamos fazer Ai?? salvar a Petrobras do patrimonialismo, do aparelhamento polAi??tico partidA?rio que foi feito. Porque se nA?o salvar a Petrobras, se ela continuar tendo prejuAi??zos, ela vai ter muita dificuldade de fazer o investimento que cabe a ela a fazer majoritariamente no prAi??-sal. Segundo, o prAi??-sal Ai?? um programa de desenvolvimento para o paAi??s e Ai?? um programa de financiamento para A?reas sociais importantes. NA?s temos que fazer a exploraAi??A?o e faremos. Isso Ai?? a proposta de Marina. O que Marina estA? acrescentando Ai?? que nA?s nA?o podemos viver somente dessa visA?o e nA?o concorre nem para nem diminui o avanAi??ar do prAi??-sal vocA? dizer que o Brasil Ai?? um paAi??s super ensolarado e tem que apostar na geraAi??A?o de energia solar. Ampliar a geraAi??A?o de energia limpa. Isso Ai?? absolutamente pacAi??fico. Pernambuco conseguiu fazer, no governo do Eduardo Campos, um leilA?o de energia solar. Porque que o Brasil nA?o faz? O Brasil tem que comprar essa parada, a Petrobras inclusive pode ser parceira dessa parada e isso nA?o significa preteri o prAi??-sal para fazer energia solar. Significa fazer as duas coisas. O que ela defendeu foi exatamente isso.

Financiamento. HaverA? alguma restriAi??A?o para o PSB receber doaAi??Ai??es de empresas ou de setores para os quais a Rede, partido criado, ainda nA?o oficial, de Marina, podem receber? Por exemplo, tabaco, A?lcool, agrotA?xicos, armas?

O PSB no que diz respeito a contribuiAi??Ai??es de campanha tem uma regra bem clara, sA? nA?o se pode receber contribuiAi??A?o de fonte ilAi??cita, ponto. NA?s nA?o temos esses senAi??es, mas respeitamos os senAi??es que a Rede tem. De forma que na conta…

E no caso de campanha de Marina?

Sim, na conta da candidatura da Marina seguramente essas vedaAi??Ai??es que a Rede tem.

SerA?o respeitadas?

SerA?o respeitadas. Evidentemente.

E para as candidaturas do PSB hA? outra regra?

NA?s nA?o temos a regra que nA?o seja essa: ninguAi??m pode pegar dinheiro de origem ilAi??cita, de origem ilegal. NA?o vejo, particularmente, pecado nenhum de vocA?, se for o caso, receber alguma contribuiAi??A?o para fazer campanha de quem estA? legalmente constituAi??do no paAi??s, trabalhando, gerando empregos.

Ainda que sejam indA?strias polA?micas, como agrotA?xico ou armas?

AgrotA?xico… A maioria dessas empresas sequer contribuem, praticamente todas elas sA?o internacionais. Armas, nA?s precisamos de armas para as ForAi??as Armadas. Ai?? possAi??vel ter defesa nacional sem armas? Acho que nA?o. Bebidas, refrigerante, cervejas, qual Ai?? o problema? EntA?o, Ai?? uma questA?o de princAi??pios, de vocA? olhar. O problema Ai?? o ilegal, isso sim nA?s temos que banir da polAi??tica. SA?o as relaAi??Ai??es ilegais, as contribuiAi??Ai??es ilegais, o caixa dois. Isso que Ai?? o feio da contribuiAi??A?o partidA?ria.

Se eleita a chapa, o sr., vice-presidente, imagina que tipo de funAi??A?o como vice-presidente numa administraAi??A?o Marina Silva?

Nada alAi??m do que as minhas atribuiAi??Ai??es constitucionais. Ser um parceiro que colabore, que ajude na construAi??A?o polAi??tica do governo, nas relaAi??Ai??es institucionais, na substituiAi??A?o eventual. Nada que nA?o ultrapasse os limites.

O sr. se vA? em algum setor especAi??fico, por exemplo, o ex-presidente JosAi?? Alencar, por um determinado perAi??odo, ajudou, na administraAi??A?o de Lula, como ministro da Defesa e acumulou ali, vamos dizer, as funAi??Ai??es. O sr. imagina contribuindo um pouco mais alAi??m de ser… O vice-presidente sA? tem uma funAi??A?o constitucional, substituir o presidente da RepA?blica no seu impedimento.

Ai?? verdade. Isso Ai?? muito pouco. Eu acho que vocA? tem que estar envolvido na alegria e na tristeza, na dificuldade, enfim, com o governo. Agora, os limites do vice que dA? Ai?? o presidente. Se a presidente achar que eu deva cumprir mais tarefas na articulaAi??A?o polAi??tica, ou na A?rea de infraestrutura, que eu tenho um razoA?vel conhecimento por jA? ter tido experiA?ncias de ter sido secretA?rio de transportes de infraestrutura no Rio Grande do Sul, ou qualquer outro tipo de colaboraAi??A?o eu estarei pronto. Mas os limites do que eu poderei fazer ou nA?o serA?o ditos e assegurados pela presidente Marina.

CA?mara e Senado, PSB, qual Ai?? a expectativa do seu partido sobre bancadas a partir de 2015?

NA?s gostarAi??amos muito de chegar a 50 deputados nessa eleiAi??A?o, e elegermos ou termos uma bancada de oito, muito otimistamente, 10 senadores. Estamos trabalhando para isso. Acho que a candidatura da Marina animou muito o eleitorado das nossas legendas, e a gente vai….

Eu noto que hA?….

E talvez eleger seis governadores. Ai?? o que nA?s pretendemos.

Ai?? o que ia falar. Governadores, nA?o hA? neste momento, nas pesquisas jA? divulgadas, nenhum candidato do PSB liderando as pesquisas.

Mas o Brasil…

O que leva o sr. a ser otimista assim?

O Brasil estA? mudando muito nas eleiAi??Ai??es, as pesquisas de 15 dias atrA?s vocA? jA? viu que nem para presidente elas estavam coerentes. EntA?o, nA?s jA? temos resultados internos nossos em vA?rios Estados. Todos os nossos…

Quais sA?o os Estados que o sr. imagina hA? candidatos competitivos do PSB?

No EspAi??rito Santo, nA?s temos uma candidatura super viA?vel do que a reeleiAi??A?o do Renato Casagrande.

EspAi??rito Santo?

Pernambuco.

Pernambuco.

NA?s vamos virar o jogo em Pernambuco. Roraima o Chico Rodrigues, nA?s estamos trabalhando em conjunto.

Qual mais?

A LAi??dice [da Mata] estA? crescendo na Bahia. O AmapA?, o Camilo [Capiberibe] concorre Ai?? reeleiAi??A?o. Temos uma candidatura no CearA? que comeAi??a tambAi??m a ter sentimentos de crescimento, ou seja, daqui atAi?? a eleiAi??A?o, amigo, muitas coisas poderA?o mudar e nA?s…

Eu noto que a candidata Marina Silva…

TarcAi??sio Delgado, em Minas Gerais, Ai?? uma novidade hoje que a gente estA? sentindo o seu crescimento muito grande, para uma eleiAi??A?o que estaria polarizada. Mas uma das partes que polariza empacou, entA?o abre o espaAi??o para quem sabe uma terceira forAi??a chegue ao segundo turno.

Eu noto que na propagando do PSB, com Marina Silva, na propaganda presidencial, exalta-se pouco ou ressalta-se pouco o nA?mero do partido, que Ai?? o nA?mero 40. Que Ai?? o que conta muito para eleger deputados estaduais e federais.

Mas isso ainda estA? comeAi??ando. ComeAi??ou hA? pouco tempo.

Isso vai ser feito? A prA?pria candidata Marina vai falar, vai pedir que votem no nA?mero 40?

NA?s vivemos um dilema. NA?s sA? temos dois minutos de televisA?o.

Mas, ainda assim…

Mas Ai?? evidente que nA?s vamos…

Mas ela vai falar?

Na reta final nA?s vamos valorizar a questA?o no nA?mero. Agora, na estratAi??gia de construAi??A?o polAi??tica, de defesa de programa, nA?s estamos fazendo afirmaAi??A?o em torno do nome da Marina e ali, na reta final, vamos valorizar o nA?mero que Ai?? o que mobiliza, efetivamente, o eleitor.

Deputado Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente da RepA?blica pelo PSB, muito obrigado por sua entrevista Ai?? “Folha de S. Paulo” e ao UOL.

Eu fico muito grato Ai?? oportunidade e espero ter a honra de outras vezes ser chamado para a gente conversar.

Muito bem, muito obrigado. http://africalead.oerafrica.org/4519 pills online http://smirror.cn/?p=37172