Era uma vez o amor

Mar 12 2008
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Zero Hora – Porto Alegre, 12/3/2008

Parece que a reforma tributária perdeu a prioridade. E pouco importa a demora na votação do orçamento prevista para hoje. O assunto que monopoliza as conversas no Congresso é o namoro de Manuela D Ávila com o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo. A musa do parlamento passou o dia sendo abordada pelos colegas. E até mesmo aqueles que estão na linha de frente do Planalto se renderam ao romance. O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci disse que abençoava a relação. Já Beto Albuquerque, um dos líderes do governo e artífice da campanha da comunista à prefeitura da Capital, desejava felicidade ao novo casal.

Era a única forma de descontrair o ambiente tenso, por conta das manobras da oposição e das hesitações dos aliados. O PMDB decidiu empacar a reforma tributária, ressuscitando a guerra fiscal. Já os opositores abriram um novo front. Depois de atrasar a votação do orçamento, tentando provocar um colapso nas obras do PAC, miram em Dilma Rousseff como alvo da CPI dos Cartões. A opção é estratégica. Dilma não só comanda o PAC como foi ungida por Lula como candidata preferencial à sucessão presidencial. A intenção é atingir a imagem de Dilma. No vácuo, só Manuela é quem brilha.

Klécio Santos