Estado: Comissão sugere nova ponte no Guaíba
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Diário Popular – PelotasDiário Popular – Pelotas, 23/3/2006
Estado: Comissão sugere nova ponte no Guaíba
Cada vez que a Ponte do Guaíba é levantada para um na-vio passar, a espera de até 35 minutos desagrada a motoristas. Como o içamento ocorre em média três vezes ao dia e circulam 28,1 mil veículos entre a capital e Eldorado do Sul, as conseqüências vão além das expressões mal-humoradas dos condutores. De acordo com o presidente da comissão Ponte do Guaíba: a vida e o progresso vêm primeiro, Sérgio Costa, já houve casos de morte a caminho do hospital, pois a ponte é a ligação mais curta entre a capital e Eldorado, que não tem hospital, e Guaíba, que tem apenas um.
O presidente da comissão também afirma que empresas têm deixado de investir em Eldorado devido ao tempo gasto com o içamento.
“Isso sem falar nos congestionamentos e nos desgastes diários, como as reuniões e audiências que freqüentemente perco por ter de esperar a ponte descer”, diz Costa.
O deputado estadual José Sperotto (PFL), morador de Guaíba, cita a ampliação do Pólo Petroquímico de Triunfo e da Refinaria Alberto Pasqualini como os principais responsáveis pelo aumento no fluxo de veículos.
“Metade do escoamento da produção do norte do Rio Grande do Sul passa por ali. Em 1958, quando foi construída, apenas um navio passava pela ponte por semana. Hoje são três por dia. Ela era uma solução e agora virou um problema”, afirma.
A proposta da comissão e do deputado Sperotto é a de transferir o horário dos içamentos de dia para a noite ou madrugada. Na segunda-feira, o pré-projeto de construção de uma nova ponte, sem extinguir a existente, foi apresentado pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB). Ela não seria móvel, portanto não prejudicaria o tráfego dos veículos. O custo da obra – R$ 337 milhões – seria assumido pela concessionária do trecho, por parceria público-privada ou pelo governo federal.
Odenir Sanches, diretor-presidente da Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre (Concepa), diz que presencia constantemente congestionamentos no final da freeway e início da avenida Castelo Branco. Segundo ele, no entanto, por enquanto não há alternativa porque o içamento faz parte do programa de concessão.
“Nós somente fizemos a parte operacional. A demora se deve por termos de levantar a ponte alguns minutos antes do navio chegar. Outro fator é a altura que devemos erguê-la. Quando são apenas cinco metros, é rápido, mas às vezes precisamos levantar 23 metros. A Concepa vai abraçar a idéia da construção de uma nova ponte que não seja movediça.”