“Fora de cogitação”
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O Sul – Porto AlegreO Sul – Porto Alegre, 27/11/2006
"Fora de cogitação"
Depois, os deputados federais se queixam da incompreensão da imprensa e da opinião pública que os classificam como marajás da República. Mas essa tentativa de reajuste salarial, fazendo-os pular de R$12,8 mil mensais para R$ 24,5 mil é uma bofetada na cara de milhões de brasileiros.
Alegam os defensores dessa imoralidade uma equiparação com os ministros do STF como se isso fosse um argumento legítimo e decente. Só mesmo a impunidade é geradora dessa idéia absurda, já que, nunca, em tempo algum, deputados federais estiveram no mesmo patamar dos ministros do Supremo.
Estaríamos diante de uma imoralidade semelhante se os ministros do STF passassem a exigir as mesmas vantagens pecuniárias que os deputados defrutam e cuja soma, caso saia o reajuste, vai passar dos R$ 100 mil mensais.
É claro que não existe unanimidade entre os deputados federais sobre esse reajuste e vêm do RS alguns protestos contra a proposta. O deputado Luiz Carlos Heinze (PP) não aceita nenhum reajuste porque falta dinheiro para reajustar o salário mínimo dos trabalhadores.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB) acha que qualquer proposta é escandalosa: "Já ganhamos muito bem, o que não acorre com a maioria dos trabalhadores". Seu colega do PSB, beto ALbuquerque, vai na mesma linha: "A equiparação está fora de cogitação".
Coluna Rogério Mendelski