Fraude poderia ter sido evitada

Mar 01 2008
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Correio do Povo  – Porto Alegre, 1/3/2008

Se as denúncias tivessem sido aprofundadas anteriormente, não haveria a necessidade de nova comissão investigativa, avaliou o deputado federal Beto Albuquerque, do PSB, que presidiu durante três meses a CPI do Detran realizada em 1997. 'Caso o desejo no parlamento naquela época fosse de ir a fundo, não teríamos agora o rombo dessa magnitude no Detran', ressaltou. Beto acredita que a apuração dos indícios da época evitariam a fraude de R$ 40 milhões na instituição.

O deputado destacou que se as investigações iniciadas naquele ano não tivessem fundamento, o governo teria mantido a mesma diretoria na administração do Detran, o que não ocorreu. Além disso, disse que o processo de licitação do serviço de inspeção veicular teria sido concluído. 'No final, o governo precisou justificar que as mudanças no Detran ocorreram para terminar com os casos de corrupção. Afirmaram também que a tercerização era o melhor caminho. Agora, os problemas se agigantaram em torno desses contratos', avaliou. Para o parlamentar, se os apontamento feitos pelo relatório paralelo tivessem sido averiguados, o Detran seria um órgão consistente.

Em relação à nova CPI do Detran, instalada neste ano na Assembléia Legislativa, Beto Albuquerque disse que ela vai muito além dos embates políticos estabelecidos e que também marcaram os trabalhos de 1997 e de 1998 na comissão. 'Há dez anos existia uma briga partidária muito severa ocorrendo junto com as investigações. Atualmente, as acusações são baseadas em fatos concretos que afetam a instituição', avaliou o parlamentar.