Quem vê a Câmara votando pensa que está tudo bem, mas não é o que parece. Nos bastidores, os resquícios da disputa pela Presidência da Casa entre o grupo de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) continuam fortes. Quem prestou atenção ao trabalho de plenário, por exemplo, percebeu que Chinaglia por duas vezes evitou dar a palavra ao líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS). O gaúcho, no entanto, nunca esteve tão zen. Finge que não é com ele e segue em frente.
Guerra fria II
Não é só Chinaglia e sua turma que tentam puxar o tapete dos aliados de Aldo. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que apoiou Arlindo Chiaglia, pediu ao seu partido uma vaga na Comissão de Defesa do Consumidor ou de Relações Exteriores. Terminou em Direitos Humanos, que estava fora dos seus planos. Para ficar onde queria — Defesa do Consumidor — trocou com o PV.
