Hoje, só o sim é resposta

Oct 25 2009
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Zero Hora – Porto Alegre, 25/10/2009
Quando diz que sua candidatura à reeleição é natural, a governadora Yeda Crusius está dando a única resposta possível neste momento. Se deixar qualquer brecha que possa ser interpretada como retirada, no dia seguinte começará a tomar café frio, como ocorreu com Olívio Dutra quando foi excluído da própria sucessão numa prévia vencida por Tarso Genro. O instituto da reeleição tornou obrigatório o que deveria ser uma opção: o governante disputar o segundo mandato.

Mesmo que o PSDB nacional prefira o conforto do palanque de José Fogaça, Yeda precisa ser candidata porque ninguém defenderá o seu governo na campanha eleitoral se ela estiver fora do jogo. Ela sabe que o PMDB terá candidato próprio e que, se não concorrer, o PP tende a cair nos braços de Beto Albuquerque (PSB). Nos debates, nenhum candidato de outro partido quererá carregar o desgaste de seu governo.

Ainda que as pesquisas de hoje apontem 60% de rejeição e os índices de intenção de voto sejam baixíssimos, Yeda tem a seu lado uma fatia do eleitorado gaúcho. Por menos que faça, poderá ser o fiel da balança no segundo turno.

Para o PMDB, que ocupa cargos no governo desde o primeiro dia, a candidatura de Yeda é, mais do que bem-vinda, necessária. Primeiro, porque nada indica que os votos dela iriam automaticamente para José Fogaça (ou Germano Rigotto). Segundo, porque, se ela for candidata, os ataques do PT serão pulverizados. Se não for, o PMDB corre o risco de virar o único alvo.

O grande beneficiado com uma eventual desistência de Yeda seria Beto Albuquerque, que hoje sonha com o apoio do PP e do PPS, dois aliados da governadora. Sem um partido de peso a seu lado, o deputado socialista não terá tempo suficiente para expor suas propostas no rádio e na TV.

Coluna Rosane de Oliveira

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