O novo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, do PDT, defende que a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não deve ser alterada. Parlamentares gaúchos avaliaram se existe a necessidade de mudança.
Júlio Redecker, deputado federal do PSDB: 'A evolução do país exige a adaptação de suas leis. Tudo o que tornar a relação com os trabalhadores mais funcional precisará ser bem visto e analisado. Os empregadores deveriam pagar menos ao Estado, possibilitando, por exemplo, remunerar melhor os seus funcionários'.
Beto Albuquerque, deputado federal do PSB: 'O debate sobre as questões trabalhistas não está concluído. Podem ocorrer alterações, desde que os trabalhadores e as entidades da área participem das decisões. As leis precisam ser aperfeiçoadas. Não adianta ficar na teimosia de não mudar, quando temos questões como a informalidade a enfrentar'.
Paulo Paim, senador do PT: 'Não há necessidade de realizar reforma na CLT, mas questões pontuais poderão ser debatidas pelo Congresso Nacional. Uma mudança que defendo é a eliminação das contribuições sobre a folha. Com isso, os que mais empregarem pagarão cada vez menos'.
Germano Bonow, deputado federal do Dem: 'Numa época em que o mundo se transforma em velocidade estonteante, o congelamento de qualquer legislação não traz boas perspectivas. As leis precisam acompanhar o ritmo da tecnologia que vem modificando as relações de trabalho'.
