Lula ameaça aliados que apóiam CPI
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Zero Hora – Porto Alegre
– Vamos para a ofensiva – afirmou Lula, ao ser questionado sobre a possibilidade de a CPI vir a ser instalada.
A frase do presidente foi a conclusão de um diálogo com um dos vice-líderes do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB), que participa da comitiva. O deputado disse a Lula que seria necessário mudar de atitude com os aliados que mantivessem o apoio à CPI.
– Essa lista de assinaturas da CPI é muito clara. Vai acabar o pão-de-ló e o cafuné para quem quiser jogar contra o governo. Tem de acabar essa conversa de verba, de obra. Essa conversa não vamos mais ter com quem não for do governo, no ônus e no bônus – disse Beto.
Para o vice-líder governista, "é justificável a retirada de assinaturas da CPI", uma vez que o governo já determinou a investigação pela Polícia Federal (PF).
Lula reservou parcela das críticas ao seu próprio partido. Disse que os petistas deveriam levar em consideração um discurso recente do ministro das Cidades, Olívio Dutra.
– O presidente disse que Olívio deu um recado para a moçada mais jovem petista. Todos têm de ter responsabilidade com a governabilidade – relatou o deputado João Caldas (PL-AL).
No Congresso, a oposição entregou ontem mais 23 assinaturas de deputados que apóiam a criação da CPI dos Correios. Desse total, 18 adesões são de deputados de partidos da base. À noite, o requerimento tinha a assinatura de 242 deputados e 50 senadores. O prazo para retirada de assinaturas termina amanhã.
– O governo pode gastar o dinheiro que quiser, mas a CPI já é fato consumado – afirmou o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
Para criar a CPI, são necessárias assinaturas de pelo menos 171 deputados e 27 senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou para as 10h de amanhã a leitura do requerimento de criação da comissão.