Lula e Dilma reforçam urgência de se aprovar Orçamento nesta quarta-feira

Mar 11 2008
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Jornal Correio do Brasil, 11/3/2008

Por Redação, com agências de notícias – de Brasília

Ao chegar ao Congresso para a sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse esperar que o orçamento seja votado ainda nesta quarta-feira.

– É muito importante para o país que haja a abertura do orçamento para que a gente possa fazer as obras de que o país tanto necessita.

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp, voltou a afirmar que se o orçamento não for aprovado, o Executivo terá de editar medidas provisórias sobre o assunto.

– Não tem como passar o ano sem votar o orçamento. Já temos obras paradas no país por falta de recursos.

Raupp destacou a necessidade de os líderes partidários convocarem as bancadas para a votação, marcada para esta quarta.

– Está faltando a convocação do Senado e da Câmara. O Congresso está se desgastando muito por não votar.

O senador afirmou que não se pode ceder à ameaça da oposição de obstruir a votação:

– Tem de perder o medo e não pode deixar que a oposição, que é minoria , fique comandando todas as votações.

Ordem unida

Nesta terça-feira, em reunião do conselho político da coalizão (que reúne líderes congressistas e presidentes dos partidos aliados), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "intimou" a base aliada a votar o Orçamento até esta quarta-feira. Para ele chegou a hora de exercer a maioria no Congresso.

– Eu diria que o presidente Lula não fez um apelo, fez uma intimação à base. Foi um cartão amarelo – afirmou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) que esteve presente à reunião.

O presidente lembrou que caso o Orçamento não seja votado, será necessário a aprovação imediata de Medidas Provisórias para que as diversas obras do PAC que já foram iniciadas não sejam interrompidas.

– Está na hora de medir forças com a oposição. Não podemos ficar refém da minoria – afirmou Lula.

O polêmico Anexo de Metas poderá ser excluído, foi a conclusão que os líderes das bases nesta última reunião com o presidente. Contudo, neste caso, a oposição teria que aprovar a peça orçamentária por acordo e sem destaques.

Ele classificou ainda como "pequeno grupo" aqueles parlamentares que defendem a manutenção do anexo de metas. Porém, ressaltou que, para os governistas que defendem essa parte do texto, isso não é "uma questão de honra".