Lula pede a líderes que derrubem verticalização
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Estado de MinasEstado de Minas, 25/01/2006
Lula pede a líderes que derrubem verticalização
Brasília – A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 548/02, que derruba a verticalização das coligações partidárias, pode ser aprovada na sessão de hoje da Câmara. A matéria, que chegou a ser colocada em pauta no final de 2005, mas não foi votada por falta de acordo entre os líderes, ganhou ontem um impulso que praticamente sacramenta sua aprovação.
Na reunião com os líderes partidários na Casa em que discutiu o reajuste no salário mínimo; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou atrás na decisão de defender a manutenção da verticalização – a obrigação de os partidos repetirem, nos estados, as alianças fechadas nacionalmente – e pediu o empenho para aprovar a proposta. O PT, ao lado do PSDB, era um dos principais críticos à iniciativa, por acreditar que, com alianças válidas para todo o país, o caminho para a reeleição de Lula ficaria mais fácil.
"Foi a primeira vez em que o presidente defendeu, abertamente, a queda da verticalização. Ele só quer a seu lado, nas eleições, quem não esteja obrigado por lei a estar ali", destacou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS). Já o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse entenderas motivações apresentadas por Lula e, apesar da divisão sobre o tema em seu próprio partido, afirmou que acredita no entendimento para atender ao apelo do presidente. "O presidente Lula disse que não gostada verticalização porque não gosta de um casamento forçado, arranjado. Quem quiser a coligação que faça, quem não quiser que não faça. Quando o PT fechou questão pela verticalização, a questão foi decidida por apenas um voto, o que mostra que o tema não era consenso", disse Chinaglia.
Antes mesmo da sinalização de Lula, partidos como PFL e PMDB, principais defensores da quedada verticalização, já demonstravam confiança em conseguir o número mínimo de 308 votos, necessário à aprovação da PEC. "0 quorum está alto, as bancadas, mobilizadas. O próprio PMDB, que tinha alguns votos contrários, deverá dar a maior parte dos seus votos pela queda da verticalização, como o PFL e a maioria dos partidos. Acho, inclusive, que no próprio PT e no PSDB a queda da verticalização terá também alguns votos", previu o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ). A inclusão da matéria na pauta foi acertada pela manhã, na reunião entre os líderes partidários e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para discutir a pauta de mais uma semana da convocação extraordinária.
RECEITA
Também hoje Aldo pretende pôr em votação o Projeto de Lei 6272/05, que cria a Super Receita, órgão que unificará a Receita Federal e a Secretaria de Receita Previdenciária. Rodrigo Maia afirmou que a bancada de seu partido manterá a posição adotada em dezembro: não obstruirá a votação do projeto mas, por não concordar com o teor do projeto, votará contra. Na próxima semana, a previsão é de que os parlamentares votem a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.