Marcha da salvação

Apr 12 2006
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A CríticaA Crítica, 12/4/2006
Marcha da salvação

A situação da Varig está cada vez mais delicada. Ontem, os funcionários da empresa propuseram ao Governo que autorize o empréstimo de dinheiro do fundo de pensão dos trabalhadores para ajudar a companhia. O pedido ainda está sendo avaliado pelo Governo. A companhia mantém mais de dez mil funcionários em todo o País, em Manaus são aproximadamente 250.

O pedido foi entregue no Palácio do Planalto, por meio de um documento dirigido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto é assinado pela organização Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que reúne quatro associações e quatro sindicatos. A TGV também pediu a Lula o adiamento por cinco meses do pagamento das taxas aeroportuárias da empresa para a Infraero e o prazo de dois meses para o pagamento de combustíveis para a estatal BR Distribuidora.

A TGV quer viabilizar o empréstimo de pelo menos US$ 150 milhões para uso na recuperação da companhia. Desse total, US$ 30 milhões seriam usados para a indenização dos funcionários demitidos e US$ 70 milhões seriam utilizados para colocar de dez a 15 aeronaves em operação.

“Não assistiremos a Varig morrer”, disse Márcio Marsiolac, coordenador da TGV. O vice-líder do Governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), era um dos parlamentares que acompanharam o grupo. Segundo ele, a ajuda do Governo O TGV reuniu cerca de 300 trabalhadores da Varig no movimento que chamaram de “marcha da salvação”, em Brasília, onde apresentaram ao Governo suas propostas para tentar reerguer a empresa. Também houve uma manifestação em Porto Alegre.