Marisa Serrano critica presença de frota russa no Caribe

Sep 16 2008
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Agência Senado, 16/9/2009
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) criticou nesta segunda-feira (15), durante sessão do Parlamento do Mercosul, a realização, em novembro, de uma manobra conjunta de navios da Rússia e da Venezuela em águas do Caribe. Ela recordou a preocupação de diversos parlamentares do continente com o anúncio da recriação, neste ano, da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos. E disse estranhar o silêncio em relação à presença na região de modernos navios russos, equipados com ogivas nucleares.

Na opinião da senadora, a decisão do governo da Rússia de enviar seus navios ao Caribe pode estar relacionada à posição assumida pelos Estados Unidos durante o recente conflito entre a Rússia e a Geórgia. Nesse conflito, Washington reagiu à postura da Rússia, a qual considerou típica do antigo armamentismo soviético.

– Se não queremos os americanos, não queremos os russos também. Não desejamos uma nova guerra fria, nem ser palco para uma disputa entre nações em busca do poder. Esta guerra não é nossa – afirmou Marisa, durante a etapa de debate sobe tema livre na sessão.

Em resposta, o parlamentar venezuelano Roy Daza lembrou que a Venezuela já promoveu manobras militares com diversos países, além da Rússia, e que o governo venezuelano não tinha a intenção de estimular "nenhuma guerra fria".

Por sua vez, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) observou que não se poderia comparar a recriação da Quarta Frota com a presença de navios russos em águas do Caribe. Ele observou que a decisão norte-americana foi unilateral, enquanto os russos viriam à região a convite do governo da Venezuela.

Bolívia

Ainda durante a primeira etapa da sessão do Parlamento do Mercosul, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) fez um apelo à aprovação de uma "forte declaração" de apoio à democracia boliviana. Em sua opinião, a consolidação da democracia na Bolívia vem sendo "sistematicamente contestada" por setores de oposição dentro e fora do país. – Precisamos apoiar a consolidação da democracia popular na Bolívia, onde todos possam participar, mas onde a grande maioria possa ser beneficiada pela riqueza do país – disse Arruda.